Depois da Síndrome de Burnout ter sido reconhecida como uma doença ocupacional pela Organização Mundial da Saúde (OMS), outro termo tem ganhado destaque: o burnon. 

A palavra vem de “Burn On” e foi criada pelos pesquisadores alemães Timo Schiele e Bert te Wildt. Ela é utilizada para descrever pessoas com níveis elevados de estresse, trazendo prejuízos para a rotina e bem-estar. 

A campanha do Setembro Amarelo segue on e a gente vai te explicar os sintomas, os impactos do burnon na saúde mental e como evitar. Confira! 

Características do burnon 

À primeira vista, é muito comum confundir o burnon com o burnout pela semelhança das palavras e o fato de ambas estarem relacionadas à saúde mental e ao trabalho. Mas há diferenças importantes entre as duas síndromes. 

O burnon é caracterizado pelo estresse não gerenciado em um ambiente de trabalho, provocado pelo excesso de zelo e envolvimento do trabalhador.

Segundo os pesquisadores alemães, o burnon pode ser observado em locais que exigem muito tempo de trabalho, como exceder o horário para atuar em horas extras. 

Colaboradores que não possuem um horário fixo para trabalho e descanso também estão mais propensos a sofrer com esse tipo de estresse. 

Já o burnout pode ser definido como um estresse provocado pelo excesso de trabalho que resulta em baixa produtividade e desmotivação. 

Outra diferença é que o burnon é classificado como um doença crônica. Segundo Schiele e Wildt, é como se fosse uma “depressão mascarada”.

Mas o que isso significa? De acordo com os pesquisadores, os pacientes com burnon continuam trabalhando mesmo estando à beira de um colapso, enquanto no burnout,  é necessário tirar licença-médica do trabalho. 

Em resumo, o primeiro caso tende a ter sintomas ocultos, enquanto no outro são mais evidentes. 

Burnon: entenda como a síndrome afeta a saúde mental

Como identificar o burnon? 

Mas se o burnon tem como principal característica o fato de não ser tão visível, como identificá-lo? Apesar de ser mais difícil de constatá-lo, ele ainda apresenta alguns sinais que o trabalhador pode ficar de olho. 

Considerando que o quadro está ligado ao estresse crônico no trabalho, os sintomas podem estar relacionados a: 

  • Exaustão física e mental; 
  • Redução do prazer nas atividades diárias; 
  • Desconexão emocional; 
  • Dores de cabeça; 
  • Queda de imunidade; 
  • Sensação de vazio interior. 

É importante ressaltar que em caso de suspeita, você deve procurar um profissional de saúde mental, como um psiquiatra ou um psicólogo, para ter um diagnóstico mais preciso. 

Como evitar 

Para evitar o burnon, é importante que o trabalhador saiba como estabelecer limites saudáveis em relação ao emprego. Outras estratégias incluem investir no autocuidado,  ter momentos de qualidade com os amigos e familiares e reservar tempo para atividades que lhe proporcionem prazer e satisfação pessoal. 

Os pesquisadores alemães sugerem focar na escuta, ou seja, em ouvir e ser ouvido por alguém. Esse processo de interação com o próximo ajuda a aliviar a mente do estresse do dia a dia. 

Por fim, o trabalhador deve buscar como se identificar emocionalmente com o trabalho e menos na funcionalidade. É o processo de fazer o emprego ser parte da vida e não a razão dela.

Todos os cuidados são importantes, já que o burnon costuma passar despercebido. Isso é reforçado pelo fato de não existirem estatísticas oficiais sobre os casos de burnon, situação diferente da síndrome de burnout, que atinge 30% dos trabalhadores brasileiros, segundo dados da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt). 

O papel do RH 

Trabalhar em um ambiente saudável é bem melhor para a mente, né? Pois saiba que é papel do profissional de Recursos Humanos, em conjunto com as lideranças, criar mecanismos que tornem o local de trabalho mais acolhedor. 

Segundo uma pesquisa do The Workforce Institute da UKG, os gestores têm mais influência sobre a saúde mental dos funcionários do que terapeutas, médicos e cônjuges.

Ao criar um programa que priorize a saúde mental dos colaboradores, o RH ajuda a diminuir os casos de burnon, além de outras doenças relacionadas ao trabalho.

Esse programa pode fornecer acesso facilitado ao suporte psicológico. Além disso, modelos flexíveis de trabalho ajudam os profissionais a gerenciar suas demandas dentro e fora da empresa. 

Agora que você já sabe o que é o burnon, navegue pelo Blog da Alelo e saiba mais como aprimorar a cultura organizacional e bem-estar na sua empresa! 

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