Se reter talentos e valorizar o crescimento da sua equipe faz parte da estratégia do seu time de Recursos Humanos, o crossboarding já deve estar no seu radar ou, pelo menos, na sua lista de prioridades.
Na verdade, a retenção de profissionais capacitados tem, cada vez mais, se tornado um ponto central nas empresas. Inclusive, segundo uma pesquisa do LinkedIn, publicada em 2023, 93% das organizações no mundo colocam como prioridade o processo de reter talentos.
Até porque contratar e treinar um novo colaborador sai bem mais caro do que investir em quem já está na empresa. Ainda, quando alguém vai embora, leva consigo experiência, habilidades e aprendizados que não são facilmente substituídos.
E isso tudo sem contar que o mercado está competitivo, e bons profissionais têm muitas opções. Por isso, reter significa garantir diferenciais estratégicos – e o crossboarding pode ser uma boa alternativa para essa manutenção do colaborador dentro da organização.
Desse modo, olhar para dentro e garantir que os colaboradores possam crescer e/ou explorar novas habilidades em outras funções pode ser fundamental para: valorizar o time, desenvolver a equipe e não perder dinheiro.
E o crossboarding é uma ferramenta essencial para apoiar colaboradores que assumem novas funções dentro da organização, garantindo que se sintam acolhidos e preparados para essa nova etapa.
Para pensarmos melhor sobre esse processo de integrar o colaborador que já está na empresa em uma nova função, preparamos um conteúdo explicativo sobre o crossboarding!
Bora nessa?
O que é crossboarding?
Diferentemente do onboarding (que integra profissionais recém-contratados à empresa), o crossboarding é o processo de treinar e integrar um colaborador já existente para assumir uma nova posição na empresa.
Esse processo pode (e deve) acontecer em casos de promoção, mudança de área ou até quando surgem novas demandas internas que exigem novas competências.
Também diferente do onboarding, o crossboarding aproveita o conhecimento prévio do colaborador, que já conhece a cultura e o dia a dia da empresa. Isso facilita para uma transição mais rápida e eficiente.
O grande diferencial do crossboarding é que ele valoriza o potencial do colaborador, oferecendo treinamentos e acompanhamento adequados para que ele se adapte à nova função de forma eficiente, sem perder a motivação.
Além disso, ajuda a reduzir custos e agilizar processos, já que aproveita talentos internos em vez de buscar novos profissionais externamente. E isso é ótimo para retenção e melhor aproveitamento da equipe.
Mas como funciona o crossboarding na prática?
É importante ressaltar, porém, que o crossboarding não significa somente explicar uma nova tarefa ao colaborador. Na prática, ele envolve planejamento por parte do RH e dos gestores.
Algumas etapas comuns incluem:
Mapeamento de competências
O primeiro passo é identificar quais habilidades o colaborador já adquiriu com o cargo anterior e quais precisam ser desenvolvidas para a nova função.
Esse diagnóstico ajuda o RH e os gestores a traçarem um caminho realista de aprendizado para, então, seguir ao próximo passo.
Plano de desenvolvimento personalizado
Com base no mapeamento, é criado um plano de treinamentos, mentorias e atividades práticas. A ideia é oferecer suporte direcionado, preparando o colaborador para desempenhar bem suas novas responsabilidades.
Não deixe seu colaborador “jogado”, ok? Mostrar que a empresa o apoia nesse processo é essencial para o novo momento e, principalmente, para uma cultura organizacional que preza pelo sucesso do profissional.
Acompanhamento contínuo
Durante o processo de crossboarding, o gestor acompanha de perto a adaptação, dá feedbacks frequentes e ajuda a alinhar expectativas.
Esse acompanhamento reduz a insegurança e aumenta a motivação, deixando-o engajado e mais satisfeito com a nova posição.
Integração com o novo time
Por fim, lembre-se de que o crossboarding também envolve integração cultural e social. O colaborador precisa ser bem recebido pelo novo time, conhecer processos e entender como seu trabalho impacta os resultados da área.
Exemplos de crossboarding no dia a dia
Alguns exemplos incluem:
- Um analista de marketing que se destaca na gestão de projetos pode ser preparado para assumir a coordenação da área;
- Um desenvolvedor com perfil de liderança pode passar pelo crossboarding para migrar para a gestão de tecnologia;
- Em startups, é comum que os colaboradores mudem de áreas (como do atendimento para o produto) com o apoio de treinamentos internos e acompanhamento próximo.
Como implementar o crossboarding de forma eficiente?
Para que o crossboarding traga resultados, é essencial que o RH trabalhe em parceria com líderes de cada área.
Por isso, entre as boas práticas, destacam-se:
- Criar um plano estruturado de treinamento e acompanhamento;
- Estimular a comunicação clara entre gestor e colaborador;
- Estabelecer metas realistas para a adaptação;
- Utilizar ferramentas de gestão de desempenho para medir a evolução.
Quais são as vantagens do crossboarding?
Nada como mostrar que sua empresa está atenta em quem já é de “casa”, né? Quando a empresa cuida de dentro, os resultados aparecem. Spoiler: são muitos!
E, como vimos no comecinho do texto, adotar o crossboarding traz diversos benefícios. As principais vantagens são:
- Retenção de talentos: o profissional percebe oportunidades de crescimento e tende a permanecer na organização;
- Redução de custos: diminui a necessidade de contratações externas e processos longos de seleção;
- Agilidade: colaboradores já conhecem a cultura e processos internos, facilitando a adaptação;
- Valorização da equipe: o investimento em desenvolvimento fortalece o engajamento e a motivação.
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