No meio corporativo, as incubadoras estimulam o empreendedorismo à medida que fortalecem e preparam as pequenas empresas para sobreviver no mercado. Diferentemente do que muitos acreditam, esse conceito não se destina apenas a startups de tecnologia. É possível incubar qualquer negócio, desde que passe no quesito inovação.
“Geralmente, as empresas participantes desse ecossistema se submetem a alguma seleção, cujo objetivo é verificar a viabilidade e o potencial do empreendimento tanto em médio quanto longo prazos”, afirma a professora de Gestão Financeira do Ibmec São Paulo, Simone Costa. Atualmente, existem iniciativas que servem de incubação ao pequeno empreendedor em diversos segmentos. “Um exemplo é o Sebrae, que oferece mentorias para diferentes tipos de empreendedorismo, como o feminino”, diz Simone.
O melhor de tudo é poder dividir as alegrias e as dores com quem está no mesmo barco. Ou seja, é possível obter conhecimento específico para verificar a viabilidade do negócio, potencializando a transferência do conceito de incubação à pequena empresa ‘comum’.
As incubadoras, em geral, órgãos públicos ou universidades, têm a oferecer serviços diversos como o de assessoria jurídica, conhecimentos básicos de gestão empresarial, vendas e finanças. Muitas propiciam o espaço físico, onde concentram as empresas “incubadas”, como coworkings ou outros tipos de ambientes adaptados para essa finalidade. O local, além de oferecer um custo menor, também disponibiliza ao empreendedor todo o conhecimento que precisa para tocar seu negócio, por meio de uma ampla rede de contatos que viabiliza novos projetos.
Como chegar lá: quebrar barreiras e inovar
Para Davi Bertoncello, CEO da Hello Research, startup de pesquisa de mercado e inteligência, um dos grandes obstáculos que as PMEs enfrentam ao serem incubadas diz respeito a incorporar uma mentalidade de mudança em um negócio já testado e aprovado. “A chave está em conseguir implementar uma filosofia de inovação permanente, o que, nas palavras da moda, chamamos de mindset. E o desafio é não apresentar resistência às mudanças.”
O especialista completa que não existe um manual para essa transição, pois isso varia em cada caso. No entanto, é necessário muita troca e resiliência por parte da liderança da PME para que novos processos sejam agregados. “Diferentemente de uma startup, é provável que haja uma ou outra demissão no caminho, pois para incorporar valores diferentes e trazer uma nova cultura, o cenário tem de ser favorável e as pessoas precisam estar dispostas a reaprender o modelo de trabalho”.
Para o negócio incubado, a maior vantagem é obter curadoria à medida que tem acesso a um conjunto de conhecimento e potenciais soluções, que podem poupar tempo e significar a permanência da empresa no mercado.
Conheça alguns lugares que incubam PMEs
1 • Sebrae – Para obter informações sobre as incubadoras e como o Sebrae pode auxiliar a tornar-se uma empresa incubada, o telefone do Sebrae nacional é (61) 3348-7221. Outra opção é fazer contato diretamente com o Sebrae do seu estado.
2 • A Cietec é a incubadora de Empresas de Base Tecnológica de São Paulo, ligada à USP/IPEN. Oferece apoio nas áreas de Gestão, Tecnologia, Mercado, Capital e Empreendedorismo.
Informações: https://www.cietec.org.br/servicos/
3 • Incubadora Mackenzie – NIT – Núcleo de Inovação e Tecnologia fomenta e apoia o desenvolvimento de novas empresas inovadoras – de prestação de serviços, de base tecnológica ou de manufaturas leves – oferecendo suporte técnico, gerencial e formação complementar ao empreendedor.
Informações: https://www.mackenzie.br/inovacao-e-empreendedorismo/
4 • Incubadora de empresas Barão de Mauá – vinculada ao Sebrae/SP, Prefeitura Municipal de Mauá e Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC. Tem atuação multissetorial.
Informações: http://codemec.org.br/geral/incubadora-de-empresas-de-barao-de-maua-iebm/
5 • O Google Campus também oferece programas de incubação para startups de tecnologia em diferentes estágios de maturidade. Mais em:
https://www.campus.co/sao-paulo/pt/programs/
