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BOAS VINDAS: A IMPORTÂNCIA DE FAZER O PROCESSO DE INTEGRAÇÃO IDEAL

A primeira impressão ao chegar ao novo trabalho conta — e muito — para o desempenho dos colaboradores. Aquele primeiro dia preenchendo formulários, almoçando sozinho e sem um computador para sequer responder e-mails pode significar a perda de talentos importantes para as empresas.

Segundo uma pesquisa da consultoria de recrutamento Robert Half com 9.000 executivos no mundo, sendo 1.000 brasileiros, o processo de integração ruim é o segundo maior motivo para o abandono do emprego: 36,6% dos brasileiros deixariam o trabalho já no primeiro mês caso não se sentissem bem recebidos no novo local de trabalho. Além disso, 89% dos entrevistados disseram que gostariam de se encontrar com seu novo gerente no primeiro dia de trabalho.

De acordo com José Augusto Figueiredo, vice-presidente América Latina da LHH, consultoria de RH é importante ressaltar que o processo de integração não dura apenas um dia. “Por algumas semanas o indivíduo vai precisar de apoio em tarefas básicas e isso não pode ser simplesmente deixado de lado”, afirma.

Não é à toa que o tal período de experiência dura 90 dias. Esse é o tempo necessário para que haja uma autonomia do profissional. Nesse período cabe ao líder eleger um mentor, um membro da equipe, que acompanhe mais de perto esse funcionário que foi contratado por último.

Prova de que a integração deve ir além do primeiro dia é o estudo realizado pela consultoria americana Equifax Workforce Solutions, que aponta que cerca de 40% dos trabalhadores que deixam o emprego fazem isso no primeiro mês depois contratação – e outros 10% ou mais saem antes do primeiro ano de empresa. “A grande rotatividade no chamado período de experiência não é um problema, é um sintoma”, diz Roberto Aylmer, professor da Fundação Dom Cabral e consultor em gestão de pessoas e negociações complexas.

Segundo ele, a falta de um processo seletivo assertivo, de uma integração realmente eficiente e de congruência entre o que foi descrito e a função na prática fazem com que muitos profissionais desistam do trabalho logo de cara.

Na prática

Para garantir uma boa impressão para o novo colaborador, os especialistas em RH aconselham que o primeiro dia não seja traumático, com o novo funcionário sem mesa, computador e sem ao menos saber onde fica o banheiro mais próximo. Esse primeiro momento deve ser de acolhimento, com destaque aos itens de sobrevivência, como onde estacionar, onde almoçar e quem são seus colegas.

Por isso, uma das dicas é que aquele desgastante preenchimento de mil formulários seja realizado antes do primeiro dia. Um sistema que permita o envio de dados online, por exemplo, já começa a abraçar o funcionário, que pode ter acesso prévio à burocracia da empresa e chegar com tudo no lugar.

Envolver os funcionários com vídeos sobre a cultura da empresa e falas do CEO expondo panoramas e expectativas também são formas simples de integrar que surtem bom resultado. Essa lição de casa antes do primeiro dia já faz com o que o novo colaborador chegue mais confortável.

Além disso, os líderes são fundamentais nessa etapa de acolhimento. “Na verdade, são eles que determinam a qualidade do ambiente e confiança. Os líderes são responsáveis por criar uma cultura que pode ser inclusiva ou destrutiva”, diz Figueiredo, da LHH.

Segundo o IBC (Instituto Brasileiro de Coaching), algumas etapas básicas devem ser cumpridas para que haja uma integração bem sucedida. O primeiro passo é garantir que a parte burocrática seja superada, depois partir para o entendimento do negócio. Falar sobre missão, visão, valores e apresentar manuais de conduta faz parte desse processo.

Além disso, o RH e a liderança devem apresentar o novo colaborador aos seus colegas de trabalho, além de fazer um tour para apresentar a estrutura, departamentos, organograma e fluxograma da companhia.

Ainda segundo o instituto, é fundamental que se crie canais de comunicação direta entre os gestores e os novos colaboradores. Afinal, as dúvidas aparecem no dia-a-dia e o novo funcionário precisa de espaço para perguntar — e se sentir em casa.

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