Já se foi o tempo em que o descarte do lixo era feito naquele esquema “tudo junto e misturado”, lembra? Hoje em dia, todo mundo tem que separar os resíduos. Principalmente bares, restaurantes e estabelecimentos comerciais.
Adotar essa prática não é só uma obrigação legal para quem produz mais de 200 litros de resíduos por dia. Reciclar é uma questão de responsabilidade socioambiental e proteção da saúde pública: quanto maior o aproveitamento de resíduos, menor o consumo de matérias primas e de energia, reduzindo assim a poluição e o impacto no aquecimento global – que está cada vez mais grave.
“Além dos benefícios ao meio ambiente, o resíduo sólido reutilizável e reciclável é um bem econômico e de valor social, gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania”, diz Jorge Gouveia, professor da pós-graduação em engenharia sanitária do Centro Universitário Senac.
Para garantir o descarte correto do lixo no seu estabelecimento, a gente explica aqui quais são os principais tipos de resíduos, como separá-los e onde devem ser acondicionados. Também dá dicas de como promover o reaproveitamento e reduzir o lixo no próprio estabelecimento.
Parece uma boa ideia? Vem com a gente.
Não-recicláveis:
Recicláveis:
“Recicláveis como embalagens plásticas, copos de plástico, papel, papelão, latas, vidros podem ser acondicionados todos juntos, e os não-recicláveis, como orgânicos e rejeitos, também podem ser agrupados. Caso o estabelecimento realize a compostagem dos orgânicos, o lixo deve ser separado em orgânicos, rejeitos e recicláveis”, explica Eliana D. Alvarenga, coordenadora do grupo técnico da Associação Nacional de Restaurantes (ANR).
E para evitar qualquer problema com o lixo enquanto a coleta não passa, é preciso tomar alguns cuidados. Veja o que diz Jorge Gouveia, professor da pós-graduação em Engenharia Sanitária do Centro Universitário Senac:
“Resíduos de origem orgânica devem ser armazenados em recipientes fechados para evitar a emanação de odores indesejáveis e evitar a atração de roedores e outras pragas.”
Jorge também destaca a importância de deixar todo o lixo em uma área com acesso controlado, em um espaço coberto, com piso impermeabilizado que impeça a contaminação do solo.
No geral, as prefeituras são corresponsáveis pela coleta de pequenas quantidades, até 50 kg ou 100 litros. Acima de 200 litros, cidades como São Paulo exigem que restaurantes e outros estabelecimentos paguem pela coleta e transporte. Caso contrário, podem ser multados e até perder o alvará de funcionamento.
Roberto Kazuo, sócio-proprietário do Restaurante Bodogami, no bairro da Liberdade, na capital paulista, conta que com a retomada das atividades presenciais, o movimento de seu negócio aumentou muito e, com isso, o volume de lixo produzido também cresceu.
Com isso ele fechou uma parceria com a Musa, plataforma que faz a gestão de resíduos sólidos, desde a coleta até a entrega aos recicladores de cada tipo de lixo gerado.
“Eles nos forneceram lixeiras e plaquinhas que ajudam a identificar onde deixar cada material. A gente coloca o lixo no container lá fora e eles mesmos (transportadores parceiros da Musa) vêm de manhã, abrem e recolhem, pois têm a senha do cadeado onde o lixo é armazenado”, afirma Kazuo.
O empreendedor destaca ainda outras vantagens dessa parceria: “Eles nos ajudaram a regularizar o cadastro junto à Amlurb (Autoridade Municipal de Limpeza Urbana), facilitando muito esse processo. E também tem a questão do selo que é uma comprovação de que a gente faz o descarte adequado. É importante mostrar que faz para incentivar os outros a fazer também”.
O selo Musa é um certificado de destinação correta. Com ele, é possível acompanhar os indicadores operacionais e de impacto gerados pela operação do negócio em tempo real.
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O lixo coletado tem destinos diferentes, a depender da natureza do resíduo. Na maioria dos casos, os recicláveis vão para empresas que transformam os resíduos em matéria-prima para novos produtos. “E os não-recicláveis vão para um aterro sanitário ou coprocessamento, virando energia para indústria cimenteira”, esclarece Eliana.
No caso do lixo tratado pela Musa e seus parceiros, tudo é aproveitado:
Já o óleo utilizado no preparo de alimentos, considerado altamente poluente, é recolhido por instituições especializadas nesse tipo de coleta. Muitas compram o óleo descartado para a fabricação de sabão ou biodiesel.
“Com o crescimento das políticas verdes no país, há o incentivo para mais produção do biodiesel”, relata o professor do Senac.
Da mesma forma, lâmpadas fluorescentes, classificadas como lixo perigoso, podem ser recolhidas e coletadas por empresas especializadas nesse tipo de resíduo.
Além de promover o descarte do lixo de forma adequada, também vale investir esforços para diminuir a quantidade do que é produzido. Olha só as sugestões que a gente reuniu abaixo:
Depois conta aqui pra gente o que o seu negócio tem feito para diminuir o lixo produzido. Bora reciclar!
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