Nos últimos anos, a Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) ganharam mais atenção nas empresas.

E não é à toa. Além de ajudar a construir uma sociedade mais justa, ter equipes plurais, com diferentes pontos de vista, é fundamental para desenvolver soluções inovadoras.

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Pensando nisso, o blog da Alelo preparou um conteúdo bem completo pra você entender a importância destes temas, além de dicas práticas para incorporar estas filosofias no dia a dia da sua empresa.

Vamos nessa?

O que significa diversidade, equidade e inclusão?

Segundo o dicionário, a palavra diversidade é um substantivo feminino que significa “característica ou estado do que é diverso, diferente, diversificado; não semelhante” ou “reunião do que contém vários e distintos aspectos, características ou tipos; pluralidade” e, ainda, está relacionada a um “conjunto diverso, múltiplo, composto por variadas coisas ou pessoas; multiplicidade: a diversidade das espécies”.

Dessa forma, do ponto de vista social, o conceito de diversidade diz respeito à pluralidade de indivíduos de diferentes etnias, culturas, gêneros, etc., que convivem em um mesmo espaço geográfico.

Já a equidade é a compreensão de que nem todas as pessoas ‘partem’ do mesmo lugar, por isso alguns indivíduos são mais privilegiados.

Com isso em mente, é preciso encontrar um equilíbrio entre todos aqueles que compõem um conjunto social em prol da justiça e dos direitos iguais para todos.

O que nos leva à inclusão, que é o sentimento de pertencimento. Afinal, promover a diversidade na sua empresa não significa que todos os seus colaboradores se sentirão incluídos.

Qual é a importância da DEI?

Para compreender ainda mais sobre a importância de ter uma equipe de trabalho diversa, é preciso estar atento ao que é chamado socialmente de “minoria”.

Esse conceito não necessariamente define um grupo que existe em menor quantidade numérica, mas que, em geral, pode ser alvo de comportamentos discriminatórios e preconceituosos por não atender a um determinado “padrão social”.

Por isso, você pode ouvir por aí a expressão “grupos minorizados”, dando a entender que, por mais numerosos que sejam, determinados grupos de pessoas são tratados como minoria.

E a DEI está diretamente ligada à ideia de grupos variados, que incluem as minorias, convivendo em um mesmo espaço – o que não deve ser diferente para o mercado de trabalho.

É por meio da heterogeneidade de colaboradores que sua empresa vai ganhar soluções mais criativas e inovadoras, além de apresentar conceitos, propostas e ações mais inclusivas, humanas, éticas e justas.

E não basta ter um discurso pró-diversidade, mas não colocá-lo em prática, uma vez que isso pode ser muito prejudicial para a reputação da sua empresa.

Vale lembrar que as políticas de diversidade, equidade e inclusão podem se basear em três pilares: formação, ação e engajamento.

Aliás, estudos já comprovaram que companhias com inclusão e pluralidade têm maiores retornos financeiros e maior diferencial competitivo.

Uma pesquisa da McKinsey sobre a diversidade corporativa na América Latina concluiu que, além de mais motivação e engajamento dos funcionários, “as empresas com equipes executivas com inclusão em termos de gênero, têm 14% mais probabilidade de superar a performance de seus pares na indústria”.

Além disso, as equipes diversificadas, também em termos de gênero, “têm 93% mais probabilidade de superar a performance financeira de seus pares na indústria”.

Outro estudo, desenvolvido pelo ID_BR (Instituto Identidades do Brasil) entre 2010 e 2019 e que buscava compreender o impacto da diversidade no mercado de trabalho, apresentou que, para cada 10% de aumento na diversidade étnico-racial, há um incremento de quase 4% na produtividade.

Quais são os tipos de diversidade?

No Brasil, a DEI está presente em diferentes situações, principalmente devido ao território brasileiro ser um espaço gigantesco e plural, que abriga uma imensidão de pessoas diferentes.

São elas: diversidade de gênero, étnico-racial, pessoas com deficiência, gerações (combate ao etarismo), neurodiversidade e sexualidade.

Diversidade cultural e social

A diversidade cultural é responsável por unir pessoas que representam as diferentes culturas existentes ao redor do mundo e ao redor do nosso próprio país.

Afinal, “cultura” é, socialmente, um conceito que significa o conjunto de costumes e tradições de um determinado povo.

Já percebeu que as diferentes regiões e estados do nosso país apresentam tradições próprias e bastante singulares?

Do açaí ao bolo cuca, do Carnaval ao Festival de Parintins, o Brasil é recheado de influências de múltiplos povos: dos indígenas, africanos, portugueses, espanhóis, italianos, japoneses, entre outros imigrantes que vieram ao solo brasileiro ao longo dos séculos.

Com isso, tornou-se um país riquíssimo em manifestações culturais.

Diversidade de gênero

Muito debatida nos últimos tempos, a diversidade de gênero é fundamental para representar todas as identidades.

Ou seja, pessoas binárias ou não binárias, representadas pela sigla: LGBTQIA+: lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, queer, intersexo, assexual e o “+” representando identidades que podem não estar listadas.

Ou seja, existe um arco-íris de identidades, e aqui a representação de cada uma delas existe para o seu reconhecimento, e o lembrete de que todas as pessoas devem ocupar todos os espaços, especialmente nas empresas.

Isto porque a diversidade cria um ambiente de diálogo aberto que propicia o aprendizado e o desenvolvimento de políticas que podem beneficiar tanto os próprios colaboradores, quanto o mercado como um todo.

O feminismo, por exemplo, é um movimento que luta por direitos iguais para as mulheres.

Aqui estão algumas dicas sobre como introduzir o tema em sua empresa.

Diversidade racial e/ou étnica

A diversidade étnica-racial, diz respeito às diferentes culturas, costumes e tradições, de pessoas com origens diversas.

Com isso, elas terão suas próprias histórias, idiomas, religiões e hábitos.

Como tornar a empresa mais diversa e inclusiva?

É imprescindível ter uma equipe de trabalho diversa, plural e inclusiva. Por isso, é necessário:

  • ter uma liderança engajada: os líderes precisam compreender a importância da diversidade para que a equipe seja inclusiva e as diferenças sejam respeitadas;
  • repensar as formas de contratação: tudo começa com o recrutamento e a seleção, que devem considerar candidatos diversos, incluindo grupos minorizados;
  • apostar em metas de equiparação salarial e hierárquica: estruture ações e projetos que desenvolvam e promovam as minorias;
  • valorizar líderes diversos: com a diversidade presente na sua empresa desde os líderes, é mais fácil ter um ambiente plural, respeitoso, ético, justo e humano;
  • combater o preconceito: embora seja difícil falar sobre preconceito no trabalho, é essencial um ambiente organizacional que priorize a formação contínua de todos os colaboradores, seja a partir de pequenos cursos ou de ações de endomarketing.

Como a diversidade deve influenciar o recrutamento de pessoas?

Apesar de ser uma missão de toda a companhia, incluindo os altos líderes, o papel do profissional da área de Desenvolvimento Humano e Organizacional (RH) é importantíssimo para transformar a sua empresa em um espaço diverso e plural.

Afinal, desde o processo de recrutamento e seleção, a empresa deve mostrar que se importa com a diversidade.

E é através das vagas afirmativas que as pessoas que enfrentam desigualdade social, seja pela cor de pele, gênero, sexualidade ou pela condição física, terão oportunidade de ocupar cargos nas empresas, garantindo maior representatividade de grupos minorizados.

Quais as vantagens da diversidade nas empresas?

As vantagens de um ambiente de trabalho inclusivo são muitas:

  • aumento da criatividade organizacional;
  • multiplicidade de ideias e inovação;
  • melhor reputação da empresa;
  • melhores resultados;
  • empresa mais justa e ética;
  • clima organizacional mais favorável.

O que pode acontecer com empresas que não investem na inclusão social?

Companhias que não apoiam a diversidade colaboram para a manutenção de cenários de desigualdade social, o que pode acarretar na não identificação de diversos grupos com a marca. Aquele famoso: não me vejo, logo não consumo.

Além disso, o processo de desenvolvimento de novos produtos e qualquer iniciativa de inovação de um modo geral, fica super prejudicado. Afinal, sem pessoas plurais, fica mais difícil pensar fora do lugar comum, certo?

Inclusão social no ambiente de trabalho

Os grupos de afinidade ou comissões são ótimas alternativas para promover a integração para solução de problemas, inovações, desenvolvimento pessoal, demonstração de habilidade de liderança, além da possibilidade de discutir demandas em comum.

Aqui na Alelo, temos quatro grupos de afinidade:

  • Grupo de Afinidade Afrolelos, que busca conscientização, acolhimento e representatividade racial;
  • Grupo de Afinidade LGBTQIA+, que busca promover o respeito à diversidade de gênero na empresa e na sociedade;
  • Grupo de Afinidade Mulheres, uma rede que estimula a equidade do papel social das mulheres, promovendo ações que visam acolhimento e representatividade;
  • Grupo de Afinidade de PCDs, que busca continuamente o respeito pela diversidade e a inclusão da Pessoa com Deficiência (PCD).

Nos próximos posts conheceremos cada um deles mais a fundo.

E na sua empresa? Como estão as ações pela diversidade?

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