Usar estratégias de videogames para envolver os colaboradores e ajudá-los na solução de problemas e aprimoramento de seu aprendizado tem sido uma prática cada vez mais comum nas empresas. A gamificação é uma técnica que busca o engajamento dos funcionários nas suas atividades cotidianas usando jogos motivacionais. Os games são personalizados de acordo com o objetivo da instituição e o intuito é que por meio de sistemas de pontuação e regras, as atividades se tornem desafiadoras e terminem com recompensas para aqueles que se destacarem.
Segundo o estrategista digital Alexandro Strack, o princípio básico da gamificação é aumentar o engajamento em diversos tipos de atividades — seja para atrair e fidelizar clientes, seja para melhorar o desempenho nas corporações. Este é um mercado que saltou de 420 milhões de dólares de faturamento anual em 2013 para mais de 5 bilhões em 2018, segundo a consultoria Gartner.
E cada vez mais empresas lançam mão da ferramenta. “No RH, esse recurso é muito usado para aumentar a participação em programas de treinamento continuado, incentivando o avanço nas atividades, bem como promovendo uma competição saudável entre os colaboradores”, diz Strack.
Para ele, o uso de games ajuda na aceleração do aprendizado e no cumprimento das atividades previstas em um programa de treinamento, por exemplo. “A estratégia mais simples é começar por jogos que estimulem o aprendizado para transformação de comportamentos, como para reduzir o uso de material de escritório, por exemplo. O ideal é que esta competição aconteça diversas vezes ao longo do treinamento, pois aumenta o engajamento dos participantes e também a concentração com o que está sendo passado de conteúdo”, avalia o estrategista.
O primeiro ponto para começar a usar a gamificação, é importante entender quais são os objetivos do uso do jogo. “De nada importa implementar essa estratégia se os benefícios não são percebidos”, afirma Lilian Carmo, master coach e diretora executiva da Federação Brasileira de Coaching Integral Sistêmico – Febracis de Campinas.
O segundo passo é determinar com clareza e de forma simples regras, prazos e prêmios. Se o colaborador não entende qual é o objetivo da sua ação e qual o resultado desse esforço, ele não vai se engajar na tarefa. É interessante estipular prêmios. Por exemplo, o primeiro colocado recebe premiações como viagens e cursos — além disso, os grupos que atingirem as metas também são recompensados com almoços, ingressos para cinema e outros benefícios.
“Outro aspecto importante é despender bastante tempo e energia em comunicar os resultados da gamificação de forma periódica. Criar painéis de ranqueamento ou classificação, expostos em murais e até mesmo na intranet, pode motivar os primeiros colocados”, relata Lilian. Uma dica é expor apenas os primeiros colocados publicamente e realizar o feedback geral de forma individual para não criar constrangimento.
A mesma lógica pode ser utilizada para as empresas que querem usar a gamificação para atrair e fidelizar clientes. Ter games em seus pontos de encontro com clientes e em aplicativos pode aumentar o engajamento com a marca e ser um diferencial em um mercado cada vez mais concorrido. “A lógica dos games é a interação e ela serve para todas as áreas”, complementa a diretora da Febracis Campinas.
Pesquisas apontam para o sucesso da técnica. De acordo com a consultoria americana M2 Research, a gamificação pode resultar em um aumento de 100% a 150% no envolvimento dos funcionários. Além disso, um estudo da Universidade de Essex, no Reino Unido, mostra que 80% dos usuários se interessam por jogos para socializar no ambiente corporativo.
Outra vantagem da ferramenta é o feedback imediato. Os funcionários aprendem com as falhas, ajustam-se e desenvolvem novas habilidades para ter sucesso no jogo. “Ao invés de dar foco no erro e na baixa produtividade, como acontece normalmente nas empresas, agora o direcionamento é recompensar o colaborador por seus sucessos e o alcance das metas e objetivos. Isso incentiva, traz reconhecimento e aumento da produtividade”, destaca Lilian.
Alguns cases exemplificam o uso de gamificação nas empresas. A multinacional Deloitte, uma das principais consultorias do mundo, é uma delas. Agora, os clientes podem fazer cursos interativos de extensão e treinamentos pela internet. Desde a implantação do novo modelo, a empresa ganhou um aumento de 47% de tráfego no site. Já na siderúrgica Gerdau, o programa de capacitação de pessoal passou a ser feito com óculos de realidade virtual e o grupo Aetna criou um jogo para ajudar clientes e colaboradores a adotarem hábitos mais saudáveis. O game da Aetna ensina a gerenciar melhor as condições físicas, dá dicas de alimentação, entre outros cuidados diários.
E você, já pensou em aplicar alguma ideia relacionada com gamificação ou tem algum relato sobre uso de games para engajar sua equipe? Compartilhe nos comentários.
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