Na última semana, a Alelo realizou o 2º Encontro de Gestores de Frotas, em sua sede em Barueri (SP), para discutir as tendências do setor. Mais do que servir de palco para compartilhar ideias, o evento, que contou com clientes do Alelo Auto, explorou o novo conceito de gestão de indicadores de frota e discutiu o tema ‘gestor de mobilidade’.

Foi consenso entre os cerca de 40 participantes, que o papel do profissional responsável pela gestão dos veículos vai cada vez mais além da logística. Questões como segurança dos condutores, custos em todos os níveis, análise de cruzamento de dados e até mesmo soluções de tecnologia, como telemetria e compartilhamento de veículos, fazem parte da nova lista de tarefas desses gestores.

Para Harlem Braga, gestor de frota da Emive Segurança Eletrônica, que comanda 200 veículos em Belo Horizonte (MG), a palavra mobilidade ganhou destaque nos últimos anos. “Antes o papel do gestor de frota era focado em gerir veículos ao menor custo possível. Agora, isso vai além e engloba a preocupação com a frota, ainda mais atenção com a segurança dos motoristas e visa sempre a melhor opção de deslocamento possível, com auxílio da telemetria e de ferramentas de controle”, afirma.

Daniel Nunes, gestor de frota da Ferramentas Gerais, de Porto Alegre (RS), também conduz uma frota de 200 veículos e entende que o papel do gestor é prover a mobilidade. “A frota é uma das soluções para isso. Acredito que devemos repensar quais são as melhores formas de fazer o transporte entre o ponto A e o ponto B”, diz. Para ele, caronas entre os motoristas e até mesmo carros compartilhados entram na lista de soluções. “A questão da mobilidade engloba, além das entregas da frota, o deslocamento dos funcionários até o trabalho, por exemplo. Por que não pensar em caronas entre os colaboradores? Cada vez mais o gestor de frotas tem um papel amplo dentro das empresas, que faz parceria até mesmo com a área de Recursos Humanos”, questiona.

Já Cristine Paludeto, gestora de frotas da Bunge, com 900 veículos espalhados no país, afirma que a questão da mobilidade é desafiadora porque mexe com um histórico cultural do setor. “É hora de revermos a real necessidade da cultura de um carro por pessoa. Precisamos questionar a posse e olhar além dela para realizar um trabalho de gestão de mobilidade”, avalia.

Entre os desafios de ser um gestor de mobilidade está a grande quantidade de dados. São dezenas de componentes — como vencimento das carteiras de habilitação dos motoristas, custo do quilômetro rodado, gestão da manutenção preventiva dos veículos — . “A tecnologia nos traz muitas oportunidades, mas gerir dados não é uma tarefa fácil”, afirma Daniel.

Com a finalidade de apoiar a gestão de informações, a Alelo aproveitou o evento para lançar o Alelo Fleet Management , uma poderosa ferramenta de gestão que possibilita a integração de informações como custo de quilometragem, análise de consumo dos veículos, dados dos motoristas, direcionamento de locais de abastecimento, entre outros. “Em uma segunda fase, a ferramenta será personalizada. Cada cliente poderá definir os indicadores mais úteis para sua gestão e solicitar que a Alelo inclua na interface”, explica Roberto Niemeyer, Diretor da Unidade de Despesas Corporativas da Alelo.

Outra solução recebida com entusiasmo pelos gestores foi o projeto de carro compartilhado da Alelo. Rodando como piloto, a empresa criou a primeira plataforma corporativa 100% digital de carros compartilhados do Brasil e verificou uma redução de 40% nos custos da empresa com deslocamentos externos à trabalho em dois meses de testes. A ideia é ampliar a escala do projeto e viabilizar como negócio para ser lançado no mercado em breve.

É inegável que o avanço da tecnologia traz soluções que contribuem com o trabalho dos gestores de frota, que agora pensam na mobilidade. Isso é também consequência de um movimento maior. Nos últimos anos, a indústria automotiva vem redesenhando seu negócio e um dos exemplos da mudança de vertente é a centenária Ford, que trocou seu principal executivo, com expertise em indústria, por um CEO focado em inovação e tecnologia. Estamos vivendo a era da transformação do papel do carro.

Durante o evento, os gestores também foram abordados temas como a automação dos veículos e em como isso pode influenciar no dia a dia. Fato é que esta é uma tendência que vai ganhando forma aos poucos. Sensores que corrigem o rumo do veículo em caso de sonolência do condutor, que freiam de forma autônoma em eminência de acidentes e que até mesmo conduzem os veículos por trechos longos já são realidade. “Os veículos autônomos não estarão nas ruas amanhã, isso será gradativo, mas já há vários níveis de autonomia que são realidade”, diz Roberto, da Alelo. E você já está preparado para mergulhar no universo da mobilidade?

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