Você sabe a importância do clima organizacional para a sua empresa? Entender como está o clima da companhia contribui significativamente para reter talentos e reduzir o absenteísmo.

Há algum tempo, a maioria das empresas se preocupava apenas com os resultados. No entanto, a saúde mental dos colaboradores vêm ganhando cada vez mais importância dentro das organizações. Afinal, felicidade aumenta a produtividade!

Ficou curioso para saber mais? Vem com a gente saber tudo sobre o tema!

O que é clima organizacional?

O clima organizacional é uma junção das percepções de funcionários em relação a diversos aspectos de sua experiência, tais como:

  • Remuneração e benefícios;
  • Oportunidades de crescimento profissional;
  • Justiça nos méritos e promoções;
  • Equipamentos de trabalho (software, escritório, computadores etc.);
  • Trabalho em equipe;
  • Liderança direta.

Se o clima organizacional for negativo, consequentemente haverá redução na produtividade, e a satisfação dos profissionais será reduzida. Ou seja, uma bola de neve.

Finalidade do clima organizacional na empresa

Por meio da pesquisa de clima organizacional, é possível entender como é o ambiente de trabalho e o efeito que ele causa nos membros de sua equipe. Assim, é possível identificar sua percepção e traçar planos de melhoria, com base nos resultados obtidos.

Como o clima organizacional ajuda a medir as percepções dos funcionários

Diferentemente da cultura organizacional, que é uma compreensão de “como as coisas funcionam por aqui”, a ideia de clima organizacional pode capturar a fatia de resposta em relação a uma determinada política, medida, mudança ou até mesmo um líder.

É por isso que os pesquisadores geralmente se concentram em diferentes níveis da organização ao estimar o clima.

Como melhorar o clima organizacional?

Vamos partir do princípio de que é praticamente impossível agradar a todos os colaboradores de uma empresa. As vivências são diferentes e é extremamente difícil atender a todas as expectativas.

No entanto, renomados pesquisadores da área de gestão listaram alguns pontos fundamentais, com base em pesquisas, que devem estar presentes nas corporações para que elas sejam consideradas boas para o desenvolvimento profissional.

Rob Goffee, professor de comportamento organizacional na Escola de Negócios de Londres, e Gareth Jones, professor da IE Business School, em Madri, na Espanha, dedicaram uma pesquisa profunda sobre o tema e mapearam seis pontos fundamentais para criar “a melhor empresa do mundo para se trabalhar”.

Durante três anos eles investigaram este conceito, conversando com centenas de executivos e funcionários do mundo todo, que descreveram sua organização ideal.

Muitas respostas foram específicas, é claro. Mas, por trás das diferenças de circunstância, indústria e ambição individual, os pesquisadores encontraram seis imperativos comuns. Juntos, eles descrevem uma organização que opera em seu potencial máximo, permitindo que as pessoas façam seu melhor trabalho.

Conheça a organização dos sonhos

Em poucas palavras:

  1. é uma empresa onde as diferenças individuais são alimentadas;
  2. a informação não é suprimida;
  3. a empresa agrega valor aos funcionários, em vez de simplesmente extrair deles a força de trabalho;
  4. a organização representa algo significativo, conectada a uma causa ou propósito;
  5. o trabalho em si é intrinsecamente gratificante;
  6. e não há regras em excesso.

No entanto, os pesquisadores assumem que há poucas organizações que possuem todas as seis virtudes. Vários dos atributos são contrários às práticas tradicionais e aos hábitos arraigados. Outros são complicados e podem ser caros de implementar.

Portanto, a companhia dos seus sonhos continua em grande parte aspiracional, mas as descobertas podem servir como um desafio: uma agenda para líderes e organizações que visam criar o ambiente de trabalho mais produtivo e gratificante possível. Confira os tópicos a seguir:

1-Deixe as pessoas serem elas mesmas

Muito além das vagas afirmativas, que prezam pela diversidade e inclusão social — gênero, raça, idade, etnia, etc – é necessário ir além e acolher as diferenças de perspectivas, hábitos mentais e suposições centrais.

A organização ideal está ciente das correntes dominantes em sua cultura, hábitos de trabalho, código de vestimenta, tradições e suposições governantes, mas faz esforços explícitos para transcendê-los.

Estamos falando não apenas da empresa de serviços financeiros abotoada que abraça os caras de TI em shorts e sandálias, mas também da organização hipster que não parece desconfortável quando alguém usa um terno.

Ou o lugar onde quase todos trabalham em horário flexível, mas que acomoda as pessoas que preferem uma programação das 9h às 17h.

As empresas que conseguem nutrir a individualidade, portanto, podem ter que renunciar a algum grau de ordem organizacional.

2-Libere o fluxo de informações

A organização dos seus sonhos não engana, omite, distorce. Ela reconhece que, na era da Meta, WikiLeaks e Twitter, é melhor dizer a verdade às pessoas antes que outra pessoa o faça.

Ela respeita a necessidade de seus funcionários de saber o que realmente está acontecendo para que eles possam fazer seu trabalho, particularmente em ambientes voláteis, onde já é difícil manter todos alinhados e onde os trabalhadores de todos os níveis estão sendo solicitados a pensar mais estrategicamente.

A honestidade radical não é fácil de implementar. Requer a abertura de vários canais de comunicação diferentes, o que pode ser demorado e complexo para manter.

3-Amplie os pontos fortes das pessoas

A empresa ideal torna seus melhores funcionários ainda melhores — e o menor deles melhor do que jamais pensaram que poderia ser.

Universidades e hospitais de elite, Goldman Sachs e McKinsey, e empresas como Google, Apple e Alelo são exemplos que fazem isso de inúmeras maneiras: fornecendo redes, interação criativa com colegas, tarefas com propósito, treinamento e uma marca que confere status de elite aos funcionários. Nada disso é ciência de foguetes, nem é provável que seja novidade para ninguém.

Mas o desafio de encontrar, treinar e reter excelentes trabalhadores não se limita a indústrias especializadas ou de alta tecnologia.

A relação empregado-empregador está mudando de quanto valor pode ser extraído dos trabalhadores para quanto pode ser adicionado neles. No fundo, é isso que a melhoria da produtividade realmente significa.

4-Defina valor para o trabalho

As pessoas querem fazer parte de algo maior do que elas mesmas, algo em que podem acreditar.

Tornou-se comum afirmar que as organizações precisam de um significado compartilhado, e isso certamente é assim. Mas o significado compartilhado é mais do que cumprir sua declaração de missão: trata-se de forjar e manter conexões poderosas entre valores pessoais e organizacionais.

Quando você faz isso, você promove a individualidade e uma cultura forte ao mesmo tempo.

5-Mostre como o trabalho diário faz sentido

Além do significado compartilhado e do valor do trabalho, os executivos ouvidos pelos pesquisadores querem outra coisa. Eles buscam obter significado de suas atividades diárias.

Trata-se de refletir sobre as tarefas que cada pessoa está realizando. Esses deveres fazem sentido? Por que eles são o que são? Eles são tão envolventes quanto podem ser? Este é um empreendimento enorme e complexo.

Além de reconsiderar papéis individuais, tornar o trabalho gratificante pode significar repensar a forma como as empresas são lideradas.

O desafio é semelhante ao de promover o crescimento pessoal. Se você não fizer isso, as melhores pessoas podem sair. Ou seus concorrentes podem desenvolver o potencial em pessoas que você negligenciou.

Quando você faz o investimento, seus funcionários se tornam mais valiosos para você e seus concorrentes. O truque, então, é tornar significativo para eles ficarem.

6-Tenha regras simples

Ninguém deve se surpreender que, para muitas pessoas, a organização dos sonhos esteja livre de restrições arbitrárias. Mas isso não exclui todas as regras. Os engenheiros devem seguir procedimentos e controles de qualidade apertados — ou os edifícios entrarão em colapso.

As organizações precisam de estrutura. Mercados e empresas precisam de regras. À medida que os negócios empreendedores bem-sucedidos crescem, muitas vezes eles acreditam que processos novos e complicados prejudicarão sua cultura. Mas a sistematização não precisa levar à burocratização, não se as pessoas entenderem para que servem as regras e as vejam como legítimas.

Apesar do achatamento das hierarquias, da quebra das fronteiras organizacionais que se seguiu e a imprevisibilidade das carreiras, as instituições continuam sendo “associações imperativamente coordenadas”, onde o respeito pela autoridade é crucial para a construção e manutenção da estrutura.

No entanto, sabemos que, cada vez mais, os funcionários são céticos em relação ao poder puramente hierárquico — de cargos extravagantes e fontes tradicionais de legitimidade, como idade e antiguidade. E eles estão se tornando mais desconfiados do carisma, já que muitos líderes carismáticos acabam por revelar possuir fraquezas pouco visíveis numa primeira impressão.

O que os trabalhadores precisam é de um senso de autoridade moral, derivado não do foco na eficiência, mas da importância dos resultados.

A organização dos seus sonhos lhe dá motivos poderosos para se submeter às estruturas necessárias que suportam o propósito da organização.

Como medir os resultados

1-Turnover

Esse indicador mede a rotatividade do fluxo de entradas e saídas de pessoas em uma empresa.  Basicamente, controla o número de admissões e demissões.

Se o turnover estiver alto, com grande rotatividade de funcionários, a produtividade e o desempenho dos colaboradores pode ser afetada. Um baixo turnover resulta diretamente no crescimento do negócio e indica satisfação dos empregados.

O índice de rotatividade ideal varia de empresa para empresa, mas em geral, deve ser menor do que 10% ao ano (1% ao mês). O turnover geral médio das empresas brasileiras é de 43%.

Como calcular:

(Admissões + demissões/ dividido pelo total de colaboradores do mês anterior) X100

2-Taxa de desligamento

Esse indicador mensura a quantidade de rescisões ocorridas no período. Nesse caso, é importante analisar não só o dado puro, mas segmentar os motivos. O ideal é fazer uma análise qualitativa.

Como calcular:

(Número de desligamentos no período, dividido por número de colaboradores ativos) X100

3-Absenteísmo

Revela a quantidade de faltas em relação à quantidade de horas que o trabalhador deveria ter atuado. É responsável por medir as ausências dos funcionários a partir de suas faltas justificadas ou não, atrasos e licenças médicas. Os valores são extraídos de forma semanal, quinzenal ou mensal e podem ajudar o RH a diagnosticar eventuais padrões.

Como calcular:

(Horas perdidas dividido pelo número de horas trabalhadas + horas perdidas) X100

4-Produtividade

Mede os requisitos necessários para cumprir metas estabelecidas, de forma que você possa entender como otimizar melhor a produção da empresa, entender processos internos e influenciar no tempo e qualidade de entregas.

Como calcular:

(Quantidade de produtos ou serviços produzidos no mês dividido pelo número de colaboradores) X

5- ROI – Retorno sobre Investimento nos treinamentos

É utilizado para medir se a aplicação em capacitação está elevando a qualidade dos resultados e reduzindo prejuízos. Para isso, é preciso ter os custos: levante todos os valores investidos. E também conhecer os resultados: analise os resultados obtidos através dos treinamentos (Ex: Aumento de vendas, redução de acidentes, economia de matéria prima, diminuição de horas extras, aumento de produtividade, melhoria do clima na empresa).

O cálculo de ROI pode ser usado para medir se o investimento está elevando a qualidade dos resultados e reduzindo eventuais prejuízos na companhia.

Como calcular:

(Resultado adquirido – custos) / dividido por custos

E aí? Pronto pra transformar sua companhia na empresa dos sonhos?

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