Para restaurantes que buscam ser amigos do meio ambiente, as embalagens sustentáveis são ótimas opções para implementar no estabelecimento comercial. Além delas demonstrarem a preocupação da empresa com a natureza, também podem reduzir custos, se fabricadas com materiais renováveis.

Pensando nisso, o blog da Alelo apresenta alguns dos principais tipos de materiais sustentáveis que podem ser utilizados pelos restaurantes. Vamos nessa?

Embalagens sustentáveis

A embalagem sustentável mais conhecida e popular do mundo é a casca da banana. Como ela nasce junto com a fruta, não custa nada. Mantém a parte comestível protegida, é fácil de tirar e, em pouquíssimo tempo, desaparece na natureza causando zero impacto para o ambiente. Só tem um problema: a casca da banana só é embalagem para a banana.

Mas ela serve de exemplo para pensarmos sobre embalagem sustentável. Afinal, é necessário considerar toda a vida deste produto – desde a extração da matéria-prima, produção, no uso e reuso adequado, nas possibilidades de reciclagem ou absorção no meio ambiente e, claro, nos custos envolvidos.

Confira, abaixo, alguns dos materiais que podem ser utilizados pelo seu restaurante:

Vidro

Já usamos, por séculos, uma embalagem sustentável de muita qualidade: o vidro. Apesar de ser produzido a partir de mineral (a areia), o vidro é infinitamente reutilizável quando higienizado corretamente.

É um material tão nobre que vinhos e uísques bem lacrados duram décadas armazenados em vidro. E mesmo quando o vidro se quebra, se descartado corretamente, ele pode ser reciclado em quase toda sua integralidade.

Por essas propriedades, a escolha do vidro em um programa de sustentabilidade de seu estabelecimento, pode representar também um dos mais antigos programas de fidelização de um cliente: a embalagem retornável.

Alumínio

Por incrível que pareça, o alumínio também pode ser considerado uma embalagem sustentável, ainda que sua origem esteja na mineração extrativista. O alumínio é reciclável com custos muito mais baixos que sua extração.

No Brasil (que é um campeão absoluto em reciclagem de alumínio), 90% da matéria-prima utilizada do metal é proveniente da reciclagem. Conta a favor do alumínio, ainda, o fato de não ser nocivo à saúde humana e acomodar perfeitamente os mais variados produtos comestíveis.

Papel

Se formos pensar no papel, temos uma embalagem sustentável, à base de celulose, criada e utilizada por mais de 10 mil anos. E trata-se de uma opção que abrange dois ideais: é biodegradável e reciclável. Isso significa que, mesmo que você ou seus consumidores não tenham uma forma de direcioná-las para compostagem, elas podem ser direcionadas para reciclagem através da coleta seletiva.

Dentre as embalagens sustentáveis tradicionais, uma delas sempre surpreende: o celofane. Ainda que tenha aspecto plástico, o celofane é produzido a partir da celulose, sendo uma fonte totalmente vegetal. Por esse motivo, é biodegradável e também compostável, podendo ser utilizado para embalar alimentos, cosméticos secos, lembrancinhas e muito mais. Porém, a sua desvantagem é que não pode ser utilizado para embalar substâncias aquosas e não pode ser reciclado, caso seja colocado na coleta seletiva.

A natureza reserva boas surpresas

Com o passar dos anos, os tipos de embalagens criadas a partir de resíduos vegetais se multiplicou. Do bagaço da cana de açúcar a embalagens feitas com cogumelo, atualmente é possível encontrar muitas opções. Porém, deve-se considerar os usos com cuidado seu uso.

Ainda que tragam consigo um certo charme na sua utilização, cada uma delas possui características físicas (resistência, tolerância ao calor e permeabilidade) únicas. Mas, de modo geral, podemos afirmar que ao não serem misturadas a outros tipos de compostos, elas se configuram como embalagens biodegradáveis e compostáveis. Assim, sua maior vantagem é a neutralização do impacto no planeta quando descartadas corretamente, mas o seu custo costuma ser maior do que as embalagens convencionais.

Por exemplo, as embalagens de fécula de mandioca estão incluídas na categoria de embalagens sustentáveis, já que são compostáveis, biocompatíveis e recicláveis. No entanto, o custo é mais que o dobro do que se paga pelo isopor. E elas só podem ser utilizadas para alimentos secos ou de consumo imediato. Do contrário, em contato com umidade por muito tempo, se desmancham.

Outro insumo que tem sido explorado é o bagaço da cana-de-açúcar. Alguns testes mostraram seu potencial para produzir um material que se decompõe em apenas um mês. Mas, seus custos e potencialidade de ser implementada em larga escala, no entanto, ainda não foram contabilizados.

Embalagens sustentáveis de fibra de coco foram especialmente projetadas para embalar alimentos. Diferente de alguns tipos de plástico, as embalagens de fibra de coco não são nocivas ao organismo humano, já que não contém bisfenóis, por exemplo (também conhecidos pela sigla BPA, Bisfenol A é um tipo de resina usada na maioria dos plásticos e em embalagens metálicas. Esse composto orgânico sintético é sólido, incolor e pouco solúvel em água). São embalagens sustentáveis, já que não demandam alta tecnologia para serem desenvolvidas. Com matéria-prima nacional, podem voltar para a fábrica para serem recicladas e permitem ser biodegradadas, se descartadas no solo.

Importante lembrar que até sua aparência combina com a comercialização de frutas, verduras e outros alimentos naturais.

Embalagens sustentáveis plásticas

A embalagem de plástico de milho e bactérias é um plástico feito por meio da biossíntese de carboidratos da cana-de-açúcar, do milho, ou de óleos vegetais de soja e palma. Assim como as biodegradáveis de PLA (poliácido lático), as embalagens sustentáveis feitas a partir do milho e da biossíntese das bactérias são biocompatíveis (não promovem reações tóxicas e imunológicas) e biodegradáveis.

Porém, esse tipo de plástico não pode ser utilizado em embalagens de prateleira, pois podem contaminar alimentos, a não ser que seja para servir comida na hora. Outra desvantagem desse tipo de embalagem é que ela é, em média, 40% mais cara do que as embalagens convencionais.

Já o PLA ou poliácido lático é um tipo de plástico biodegradável criado para substituir os plásticos convencionais. Tem como maiores diferenciais, além da biodegradação, a reciclabilidade, a vantagem de ser compostado e a possibilidade de ser utilizado para diversas finalidades (embalagens de alimentos, de cosméticos, sacolas e outros). Porém, cuidado! Não é resistente a altas temperaturas e a fortes impactos. Vale ressaltar que sua degradação ocorre de seis meses a dois anos e, depois de ser dissolvido, ele vira ácido lático, substância química não tóxica, produzida naturalmente por mamíferos.

Cabe destacar que sua decomposição só ocorre quando ele é descartado corretamente para a compostagem, pois necessita de condições específicas – bem diferentes das propiciadas em aterros ou lixões.

Como escolher a embalagem sustentável ideal para seu estabelecimento?

Sabendo os tipos de embalagem sustentável, você deve sempre considerar sua adequação ao produto que está comercializando. Afinal, a relação entre a embalagem e o conteúdo irá determinar a durabilidade.

Por outro lado, também deve ser considerada a relação com o cliente. Isso porque algumas embalagens precisam ser destinadas de forma adequada para a compostagem ou para a reciclagem e, portanto, é necessário educar o consumidor.

Independentemente da sua escolha, o importante é saber que a tendência é que, em determinados segmentos da alimentação, a adoção das embalagens sustentáveis é quase uma imposição do consumidor.

Ainda, mesmo que implique em elevação de custos, uma boa campanha de sustentabilidade pode até mesmo gerar aumento de vendas e fortalecer a sua marca.

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