A inteligência artificial (IA) já não é mais produto de enredo de Hollywood e muito menos uma tendência para um futuro distante. Hoje ela já está inserida no nosso cotidiano, mesmo que você não perceba.
Muito se fala sobre os seus benefícios: executar tarefas complexas, automatizar processos repetitivos, analisar dados com precisão, responder a perguntas específicas, entre outras ações.
Mas como tudo na vida, há sempre um outro lado. Existe uma forma ética de utilizar esse tipo de tecnologia? Quais as consequências do uso inadequado da IA?
As respostas para questões como essas estão no texto. Vamos descobrir?
O conceito de inteligência artificial
Para começar a entender como utilizar as IAs de forma ética, é preciso entender o conceito por trás desta ferramenta.
A inteligência artificial é um campo da ciência cujo propósito é estudar, desenvolver e empregar máquinas para realizarem atividades desenvolvidas por humanos de maneira autônoma.
Ela funciona com base em análise de dados em grande escala para criação de modelos inteligentes que simulam atividades que humanos fazem. Durante esse processo, a IA identifica padrões e tendências para formatar como responder a uma determinada pergunta ou solicitação de tarefa.
Hoje, a adoção da inteligência artificial é um diferencial competitivo importante para as empresas se destacarem na concorrência.
Origem
A origem da inteligência artificial data de 1943, quando Warren McCulloch e Walter Pitts criaram o primeiro modelo computacional para redes neurais. A IA ainda não era usada, mas a criação serviu como base para o seu funcionamento.
A década de 1950 foi um período de avanços. Um dos mais marcantes foi o Teste de Turing, criado por Alan Turing para descobrir se uma máquina poderia se passar por uma pessoa.
A ideia era que se a máquina conseguisse enganar o seu entrevistador, ela teria chegado ao nível de inteligência equivalente ao de um ser humano. Isso só foi acontecer em 2014, quando um sistema de IA enganou uma banca da Universidade de Reading em Londres.
Em 2022, o lançamento do ChatGPT, colocou de vez as IAs em destaque, iniciando uma nova era sobre o uso da inteligência artificial em tarefas do cotidiano.
O que diz a legislação brasileira sobre as IAs?
A legislação brasileira sobre inteligência artificial ainda está em desenvolvimento, assim como em todo o mundo. Afinal, trata-se de uma tecnologia recente. Apesar de alguns projetos de lei terem sido apresentados, ainda não há uma legislação específica para as IAs.
No entanto, o Governo Federal lançou em 2021 a iniciativa Estratégia Brasileira de Inteligência Artificial (EBIA), estabelecendo algumas diretrizes e objetivos para fomentar o desenvolvimento e a aplicação da IA no Brasil.
Apesar de não ser um norma específica para a inteligência artificial, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) estabelece regras para os tratamentos de dados pessoais, que são fundamentais para o desenvolvimento de IAs.
Os principais pontos são:
- A coleta de dados precisa de consentimento do titular;
- Os dados coletados são para finalidades específicas e o mínimo possível deve ser utilizado;
- Os titulares têm direito de saber como os seus dados estão sendo usados;
- As empresas devem implantar medidas para proteger os dados pessoais.
A ética no uso da inteligência artificial
Assim como uma possível legislação regulamentando o uso da inteligência artificial está em discussão, os limites éticos de sua aplicação também estão em debate. Confira alguns pontos:
Privacidade e segurança
Como vimos, a IA depende de uma grande quantidade de dados para se desenvolver. É essencial que a coleta dessas informações respeite a privacidade das pessoas.
Além disso, é obrigação da empresa garantir a proteção destes dados contra possíveis vazamentos.
Transparência
As decisões tomadas pela inteligência artificial devem ser transparentes. Em outras palavras, elas devem ser explicáveis, incluindo a capacidade de entender o porquê e como de terem chegado a uma determinada solução.
Combate a discriminação
A IA trabalha em cima de dados e padrões. Por isso, pode acontecer dela perpetuar algumas discriminações e preconceitos já existentes na internet. Sendo assim, os algoritmos devem ser treinados em conjuntos de informações diversas e representativas.
Responsabilidade
Deve haver clareza quando um erro é cometido por uma inteligência artificial e qual o dano que isso pode causar. Além disso, sempre que possível deve ocorrer supervisão humana, principalmente em decisões de áreas sensíveis como saúde e segurança pública.
Impacto na sociedade
Como você já deve ter percebido, o uso da inteligência artificial pode levar à automação de muitos empregos. É muito importante considerar os impactos sociais e econômicos que a ferramenta pode provocar a longo prazo e trabalhar para que os benefícios da IA sejam distribuídos de maneira mais justa.
Tomando as devidas precauções, é possível que as IAs sejam utilizadas de forma assertiva! Se você quer saber mais sobre a inteligência, não deixe de conferir outras produções no Blog da Alelo.