Faz parte do ritual de todo fim de ano se organizar para começar o próximo ciclo com as energias renovadas. Por isso, é importante saber quais são as tendências e ficar de olho em como elas podem mudar a rotina da área de gestão de pessoas. E fique tranquilo, a ideia não é falar de um futuro distante e inatingível. Por isso, com base em entrevistas com especialistas de RH separamos alguns pontos que devem ganhar forma — ou ficar ainda mais evidentes — em 2020, tanto nas grandes como pequenas e médias empresas. Confira a lista a seguir:
A tecnologia do People Analytics deve se perpetuar em 2020 e chegar às empresas médias depois de ser unanimidade entre as grandes corporações. A ideia da ferramenta é mapear os números das empresas com base em dados do RH e depois identificar soluções a fim de reduzir conflitos. “Pode ser usada, por exemplo, para melhorar frentes como redução de turnover, aumento da diversidade, redução de faltas e promover o aumento da produtividade”, diz Alexandre Benedetti, diretor da operação São Paulo da consultoria de RH Talenses.
Segundo Mariana Horno, gerente sênior de recrutamento da consultoria Robert Half, as empresas têm cada vez mais buscado profissionais de RH com visão de negócios e conectados com resultados. “Os profissionais de gestão de pessoas são cada vez mais cobrados para ver o negócio como um todo e precisam de uma experiência profunda em desenvolvimento organizacional”, diz.
Por isso, cursos voltados para o público de RH já abrangem frentes como inteligência emocional, habilidades com tecnologia e visão sistêmica de negócios e ganham espaço para formar o novo tipo de profissional. Escolas como Conquer, Digital House e Tera já possuem cursos voltados para esse público.
Criatividade, motivação, flexibilidade, comunicação, trabalho em equipe e liderança. Conhecidas como soft skills, as competências comportamentais devem continuar em destaque no próximo ano. Por isso, é fundamental que as empresas tenham uma cultura que promova o senso de propriedade.
“O primeiro passo é olhar para a cultura organizacional e identificar se a companhia oferece segurança psicológica para que as pessoas sejam livres para opinar, errar com propósito e falar o que pensam. Precisamos incentivar a liberdade e a inovação”, explica Rafaela Mondeli, consultora de RH.
Usar estratégias de videogames para envolver os colaboradores e ajudá-los na solução de problemas e aprimoramento de seu aprendizado tem sido uma prática cada vez mais comum nas empresas. Este é o conceito de gamificação e segundo o estrategista digital Alexandro Strack, o princípio básico é aumentar o engajamento e melhorar o desempenho nas corporações. Este é um mercado que saltou de 420 milhões de dólares de faturamento anual em 2013 para mais de 5 bilhões em 2018, segundo a consultoria Gartner.
Para Mariana Horno, da Robert Half, a tendência de usar ferramentas de avaliação remota chegou para ficar. Cada vez mais a tecnologia tem desempenhado um papel fundamental no processo de recrutamento e as pequenas e médias empresas devem acompanhar esse padrão em breve.
O uso de ferramentas de entrevistas por vídeo tem sido uma opção comum para otimizar processos e “driblar” questões de gestão de tempo. A ideia é que cada vez mais o RH use esses mecanismos para preencher um banco de vagas e minimizar a necessidade de contratações urgentes e sem profundidade.
Mais do que focar só nos salários, os colaboradores estão cada vez mais interessados em propósito e aprendizagem no ambiente de trabalho. Uma carteira de benefícios atrativa, um espaço acolhedor e um plano de carreira definido ajudam na hora de atrair e reter clientes.
Além disso, as condições que a empresa proporciona para os funcionários estão diretamente ligadas ao engajamento. Um exemplo disso é que o tempo de deslocamento diário da casa para o trabalho tem impacto na produtividade para 71% das pessoas entrevistadas pela pesquisa Alelo Hábitos do Trabalho, realizada pelo instituto Ipsos, nas 12 maiores regiões metropolitanas do país.
Para amenizar o desgaste nessas distâncias, há alternativas como o Alelo Mobilidade, um cartão para todos os tipos de deslocamento urbano, incluindo o abastecimento e pagamento de manutenção leve para o carro próprio, bem como outros tipos de transportes como aplicativos de táxi, locação de bicicleta, transporte público e até táxi aéreo. Ou seja, a empresa define o valor a ser disponibilizado ao colaborador, que escolhe a sua melhor opção de transporte.
Agora você já sabe quais são os principais pontos em que deve prestar atenção nos próximos meses e pode compartilhar seus desafios com a gente! Uma excelente jornada em 2020!
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