Sua empresa sofre com alta rotatividade de funcionários? Entenda por que isso acontece e o que fazer para lidar com o problema. Leia agora!
Um dos principais problemas de médias e grandes empresas é como diminuir a rotatividade de funcionários. Também chamado de turnover, o alto índice de demissão e contratação de colaboradores acarreta em grandes prejuízos para as empresas. A redução de funcionários e os custos excessivos, além da perda de talentos e queda na produtividade, levam uma empresa a diminuir sua performance e afetam diretamente a saúde da mesma. É crucial ter um bom departamento de gestão de pessoas para diminuir a rotatividade e equilibrar o ambiente laboral para manter o equilíbrio e a diminuição de gastos.
Por isso, setores como gestão de pessoas e RH precisam estar muito atentos a esse problema. Reduzindo o turnover, é possível evitar gastos, reter os melhores profissionais na empresa e, assim, otimizar os resultados organizacionais.
Se você deseja melhorar essas taxas na empresa em que trabalha, acompanhe este artigo. Nele, explicamos o que significa turnover, as causas da rotatividade e mostramos as principais ações para evitá-la. Confira!
O que é a rotatividade de pessoal?
A rotatividade de funcionários, ou turnover, é o índice que monitora o fluxo de entrada e saída de funcionários de uma empresa. Uma taxa de rotatividade alta significa que muitos colaboradores entram e saem da empresa e poucos talentos são retidos. Já um índice de rotatividade baixo significa que a maioria dos funcionários que entra na empresa permanece nela por longos períodos de tempo, e a retenção de talentos é alta.
Quais as causas da rotatividade de pessoal?
Para reduzir os números elevados de alternância de pessoal, é preciso, em primeiro lugar, investigar por que isso ocorre. As pessoas deixam uma organização por diversos motivos, seja voluntariamente, seja por decisão da empresa. Mas alguns fatores são recorrentes para motivar essa decisão. Entenda!
Baixa remuneração
Dinheiro nem sempre se traduz em motivação, mas certamente influencia o trabalhador nas suas decisões profissionais. A Pesquisa “Hábitos Financeiros do Trabalhador Brasileiro”, encomendada pela Alelo, mostra que 26% dos entrevistados que trocaram de emprego nos últimos 12 meses o fizeram em função de melhores salários.
Má qualidade de vida
Fatores como jornadas excessivas, pressão e sobrecarga de trabalho afetam a saúde e o bem-estar do funcionário. Mais cedo ou mais tarde, ele vai procurar condições mais saudáveis de trabalho e melhor qualidade de vida.
Melhores propostas
Profissionais competentes e com bom desempenho costumam ser visados pelo mercado. Logo, você pode estar perdendo talentos para a concorrência. Diante de melhores propostas (salário maior, cargo mais alto, benefícios atrativos), dificilmente o trabalhador vai abrir mão da oportunidade.
Insatisfação com o trabalho
Uma das maiores causas de turnover, a insatisfação pode estar relacionada a fatores como rotina de trabalho, impossibilidade de crescimento, conflito com colegas e superiores, má liderança dos chefes ou ausência de desafios. Tudo isso leva o colaborador a procurar novas e melhores perspectivas de carreira.
Baixa performance
Demissões por esse motivo geralmente partem da empresa. Contudo, embora o funcionário seja responsável por suas atitudes, nem sempre a baixa performance é sinônimo de incompetência ou má conduta. Muitas vezes, ela ocorre por fatores como falta de reconhecimento, más condições de trabalho, clima organizacional ruim, falta de comunicação, conflitos interpessoais, etc.
Quais são os tipos de rotatividade?
Existem desligamentos por insatisfação, aposentadoria, problemas pessoais e muitas outras causas. Portanto, é importante que a empresa compreenda quais são as diferentes motivações que causam a rotatividade, já que elas possuem diferentes implicações para o cenário organizacional.
Turnover voluntário e involuntário
O turnover voluntário se trata do desligamento solicitado pelo próprio colaborador. São exemplos de turnover voluntário a demissão por conta de outro emprego, insatisfações, etc.
Pode ser dividido em duas subcategorias:
Turnover funcional
O turnover voluntário funcional abrange a saída de funcionários com baixo desempenho ou cuja posição dentro da empresa é de fácil substituição.
Turnover disfuncional
O turnover voluntário disfuncional é muito prejudicial à organização, já que abrange a saída de funcionários com alto desempenho, com talentos difíceis de substituir etc.
Dentro do turnover disfuncional existem ainda outras duas subcategorias:
- Turnover disfuncional inevitável: causado por razões inevitáveis, como a aposentadoria de um funcionário;
- Turnover disfuncional evitável: causado por razões que poderiam ser evitadas pela empresa – por exemplo, a concessão de mais benefícios para um funcionário poderia evitar sua saída por se sentir desvalorizado.
Turnover involuntário
O turnover involuntário é o desligamento que ocorre por iniciativa da própria empresa. Demissão por justa causa é um exemplo desse tipo de rotatividade.
Portanto, os impactos causados para a empresa por conta de uma alta rotatividade de turnover involuntário podem até ser positivos, já que a empresa pode substituir funcionários de baixo rendimento por colaboradores mais motivados.
Qual o índice de rotatividade que deve ser buscado pelas empresas?
Agora que você já sabe o que é rotatividade, ficou curioso para saber qual é o índice de turnover de funcionários ideal? Então saiba que o nível ideal não existe.
É muito difícil determinar uma porcentagem de rotatividade que deve ser buscada por todas as empresas dos mais diversos ramos. Esse número irá depender do tipo de negócio e dos tipos de rotatividade apresentados na empresa. Um índice de rotatividade alto não significa necessariamente que a motivação no trabalho está baixa, pois pode ser causado por um turnover involuntário, por exemplo.
No entanto, é preciso que a empresa monitore constantemente o índice para manter uma rotatividade aceitável. Uma rotatividade aceitável implica a capacidade da empresa em reter seus talentos, desenvolver os colaboradores e contar com funcionários motivados e produtivos. Ela pode ser alcançada através da psicologia organizacional.
7 ações para reduzir o turnover na sua empresa
Conhecendo a causa do problema, você pode tomar medidas efetivas para reduzir a rotatividade de funcionários. Conheça agora sete ações para combater esse problema.
1. Fazer um recrutamento eficaz
Para reter talentos, é necessário cumprir as práticas corretas desde a contratação. Um processo de recrutamento e seleção eficiente é fundamental para escolher as pessoas certas para a empresa.
É importante que o candidato não somente preencha os requisitos da vaga, mas também apresente tanto competências técnicas, quanto valores e comportamentos alinhados ao que a empresa acredita.
2. Ter uma boa política de benefícios
A concessão de benefícios é fundamental na escolha do colaborador em ficar ou não na empresa. Uma boa estratégia, além de evitar salários abaixo do mercado e de ficar apenas nos benefícios básicos, é oferecer pacotes bem completos, que se destaquem do que é ofertado no mercado. Ofereça bonificação, cartões com antecipação salarial, desconto em farmácias, vale-cultura, participação nos lucros e demais subsídios.
Empresas que oferecem mais benefícios são mais atrativas para o trabalhador. Segundo a pesquisa “Hábitos Financeiros do Trabalhador Brasileiro”, o salário e os benefícios oferecidos são os primeiros fatores levados em consideração na busca por uma vaga de emprego. Ou seja, eles atraem bons talentos e evitam a evasão de colaboradores.
3. Incentivar o crescimento profissional
Ter perspectiva de crescimento é um dos fatores que fazem o trabalhador continuar na empresa. É importante deixar claro quais são as possibilidades de crescimento dentro da organização e as ações necessárias para se chegar ao cargo desejado, como metas de desempenho, tempo de trabalho na empresa, experiência na função etc.
Para tanto, a dica é ter um plano de carreira bem estabelecido, mostrando claramente como os colaboradores podem trilhar os caminhos rumo à sua ascensão profissional. Isso ajuda, inclusive, a lidar com a geração Y – formada por jovens que têm pressa para crescer rapidamente –, visto que reduz a ansiedade (e a consequente troca de emprego) e aumenta o engajamento.
4. Oferecer mais flexibilidade
Com a transformação do mercado, as relações de trabalho também mudam. Nesse contexto, é essencial as empresas saberem se adaptar. E uma das formas de evitar a rotatividade de funcionários é ser mais flexível.
Você pode trocar, por exemplo, as jornadas rígidas de trabalho e a carga horária excessiva pelo trabalho home office e horários mais maleáveis. Isso é tão benéfico para a qualidade de vida dos colaboradores que, muitas vezes, eles preferem a flexibilidade, mesmo que o salário seja um pouco menor que o desejado.
A Alelo, inclusive, é um case de sucesso na implantação do trabalho remoto para seus funcionários. Confira nosso exemplo e veja o que faz sentido para sua empresa.
5. Melhorar o clima organizacional
A qualidade de vida no trabalho tem sido cada vez mais valorizada pelos funcionários. Por isso, é importante desenvolver um ambiente saudável, diminuindo os conflitos interpessoais, criando senso de equipe e sociabilização entre os colaboradores e garantindo uma boa relação entre os diferentes níveis hierárquicos.
Outra estratégia é fortalecer a comunicação interna, melhorando o diálogo na empresa, oferecendo feedbacks construtivos e sendo claro e transparente com os funcionários quanto aos objetivos e valores da empresa.
6. Reconhecer o bom desempenho
Essa é uma estratégia que impacta positivamente na saúde psicológica dos funcionários. Elogiar as metas e os resultados alcançados, valorizando a boa performance, faz o trabalhador se sentir reconhecido e motivado para atingir maiores conquistas.
Outras formas de reconhecimento podem ser um aumento salarial, comissão, premiações, folga remunerada etc. O importante é avaliar o que realmente motiva o colaborador. Assim, além de manter a produtividade sempre em alta, ele terá prazer em trabalhar na sua empresa.
7. Medir a rotatividade de funcionários
Uma ação crucial é medir, analisar e acompanhar o índice de turnover. Para tanto, você pode fazer entrevistas com os funcionários e com os chefes, bem como realizar uma pesquisa demissional para compreender os motivos que levaram o trabalhador a pedir as contas. Assim, é possível coletar informações para identificar problemas, traçar um diagnóstico e aplicar melhorias na empresa.
Lembre-se, por fim, que nem todo turnover é ruim. Existe uma taxa saudável de renovação do quadro de funcionários, que varia conforme a empresa. O perigo acontece quando a rotatividade resulta em queda de produtividade e prejuízos para a corporação.
Avaliando cuidadosamente as causas do problema e aplicando essas estratégias, você poderá atrair e reter os melhores talentos. E você? Já utiliza essas ações na sua empresa? Há alguma outra prática bem-sucedida que não mencionamos aqui? Deixe seu comentário e nos conte como anda a rotatividade de funcionários na sua empresa!
Gostou do conteúdo? Confira também nosso artigo sobre o trabalho híbrido e saiba como manter a produtividade e o engajamento nessa modalidade.