Com tanta informação sobre saúde mental circulando, o meio corporativo vem discutindo cada vez mais assuntos ligados ao bem-estar. Mas será que é possível de fato ser feliz no trabalho?
Lá em 1969, o psicólogo norte americano e pioneiro na teoria de definição de objetivos Edwin A.Locke, já defendia a ideia de que a satisfação no trabalho provém de um estado emocional. Ou seja, antes de estar conectada às condições externas, está diretamente ligada a fatores internos, como: a maneira como o trabalhador se sente em relação à sua função, aos colegas e ao ambiente de trabalho, e como isso se conecta com o seu propósito pessoal,
É claro que o ambiente externo tem forte influência sobre a satisfação do colaborador. Mas como nem sempre está ao seu alcance mudar o cenário, a saída é fazer algumas mudanças no padrão de comportamento e focar em atitudes positivas. Assim, a felicidade pode ser encontrada em qualquer lugar.
Quer saber como? Vem com a gente.
O pontapé inicial para incorporar atitudes positivas é entender que as palavras têm poder. O psicólogo, professor e autor norte americano Marshall Rosenberg, criador da Comunicação Não-Violenta, acredita que: “a maioria de nós cresceu falando uma linguagem que nos encoraja a rotular, comparar, exigir e pronunciar julgamentos em vez de estarmos cientes do que estamos sentindo e precisando”.
Para ele, os sentimentos de raiva, frustração e tristeza são frutos de necessidades não atendidas. A partir da comunicação empática, o indivíduo deve deixar de demandar ou criticar, para expressar sentimentos de maneira clara e objetiva.
Para isso, é preciso mudar a maneira de enxergar as coisas. Quando algo dá errado, ao invés de buscar culpados, focar na solução:
E lembre-se sempre de acrescentar no cotidiano palavras de encorajamento, esperança, conforto, entusiasmo e apoio podem ser transformadoras tanto no mecanismo de pensamento quanto nas relações interpessoais.
Uma pessoa que se cobra demais ou não enxerga as coisas boas que faz, dificilmente conseguirá ser feliz no trabalho. Comece exercitando a gentileza consigo mesmo, deixando de lado as comparações com colegas, afinal, como prestar atenção nas suas qualidades quando está ocupado demais olhando a dos outros?
Procure ter menos rigidez na carga crítica, cultive uma voz amiga dentro de si, celebre suas conquistas rotineiras e racionalize mais os pensamentos negativos. Em grande parte das vezes, o lado emocional toma conta e aqueles julgamentos que surgem na mente não condizem com a realidade e sequer fazem algum sentido.
Conforme falamos no início do texto, incorporar a positividade no dia a dia exige algumas mudanças, a começar pelo vocabulário. A partir de então, ficará mais fácil manter uma conversa gentil, como entre grandes amigos, com sua voz interior.
Reforçar o pensamento positivo ajuda a encarar a vida com mais leveza. É um mecanismo de motivação. Quer um exemplo? Ao invés de se prender a frases como “você não sabe fazer nada”, troque por “faço o que posso e quero aprender mais”.
Os problemas do mundo não vão embora, mas com o tempo você aprenderá a não criar novos obstáculos no caminho que, certamente, exaurem suas energias dificultando sua produtividade.
A jornada do autoconhecimento não tem fim, mas você pode começar reconhecendo e destacando suas principais características. Para continuar dando um gás na autoestima e se sentir mais feliz no trabalho, foque no seu melhor.
Dependendo de como está sua saúde mental, esta atividade pode exigir mais ou menos dedicação. Uma dica é praticar exercícios de repetição diários, como:
Começar o dia reclamando definitivamente não irá torná-lo melhor. Embora a insatisfação seja natural do ser humano, queixar-se de forma excessiva cria uma camada estressante de negatividade capaz de estragar qualquer atividade, além de afastar pessoas.
Até mesmo o pessimismo exige equilíbrio e pode ser contornado a partir do momento em que é identificado. Se o trabalho não está na melhor fase ou sua função não te agrada mais, procure focar no lado bom da sua contribuição na empresa até que tenha ferramentas suficientes para mudar o rumo da história.
Ou apenas lembre-se que nutrir o tempo todo as reclamações não é eficiente e te impede de fazer algo a respeito em relação aquilo que não agrada.
Problemas são inevitáveis na vida de qualquer ser humano e nem sempre estamos preparados para encará-los. Muitas vezes não conseguimos evitá-los, mas podemos escolher como lidar com eles.
Embora causem chateação, frustração e outros sentimentos negativos, é mais eficiente focar em encontrar soluções e racionalizar a situação, do que ficar martelando o problema na cabeça. Ter controle emocional e resiliência para encarar os desafios é mais produtivo do que se colocar para baixo, apontar dedos ou tentar encontrar culpados por algo que aconteceu. A resolução fica mais fácil quando colocada em perspectiva.
Vivemos em situações de desigualdade, mas às vezes a pessoa que tem menos do que nós consegue ser genuinamente mais feliz. Por que será?
Não é uma questão de não ver as dificuldades, mas o jeito de enxergar a vida. Embora a palavra tenha caído na banalização, exercitar a gratidão também ajuda a contornar o pessimismo.
Ser grato nos coloca num caminho de positividade sem forçar a barra, porque baseia-se na realidade de cada um. Apenas pare e pense pelo o que você pode agradecer hoje. É pela saúde que tem? Pela família que construiu? Pelos amigos que te apoiam? Pela comida na mesa? Pelo trabalho que paga as contas?
Agradeça, seja na forma de elogio direcionado à alguém ou naquela conversa com si mesmo.
Já dizia Tom Jobim em uma de suas músicas mais famosas: “é impossível ser feliz sozinho”. A sensação de pertencimento expande os sentimentos de uma pessoa em relação ao lugar que ocupa.
Os momentos de satisfação e alegria no trabalho geralmente incluem bons companheiros, aquela equipe que te ajuda a crescer, te ouve e te acompanha no café ou no happy hour. Alguns estudos acadêmicos mostram que o espírito de colaboração, a construção da amizade e da confiança entre os colegas numa empresa são um dos principais motivos que trazem satisfação no trabalho.
Cultivar boas relações, reconhecer, auxiliar e incentivar os colaboradores contribui com o clima organizacional.
Essa é uma dica que vale para a vida como um todo. Pesquisas científicas mostram que ser promovido ou obter uma certificação tornam as pessoas felizes, porém por um período relativamente curto de tempo.
Sendo assim, a felicidade precisa ser cultivada para além das conquistas. Precisa estar dentro de você e não atrelada apenas a fatores externos. Valorizar os pequenos momentos pode trazer resultados tanto no reforço positivo do cérebro quanto no sentimento de gratidão.
Um passeio no parque, a mudança de rota na hora de ir para o trabalho, comprar flores para enfeitar a mesa, ligar para uma pessoa querida, comer aquilo que te dá mais prazer no almoço ou dar uma pausa no dia apenas para observar o céu são atividades capazes de despertar a leveza na rotina.
E no final, para ser feliz no trabalho é preciso estar atento às pequenas coisas e àquilo que está dentro de nós.
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