O cenário corporativo está em constante evolução, e com isso, a expectativa profissional do trabalhador também foi modificada.
De acordo com a 21ª edição do estudo Workmonitor, idealizado pela Randstad, que entrevistou 27 mil profissionais em 34 países, o salário nem sempre é suficiente para manter a satisfação e garantir a retenção de talentos.
O sentimento de reconhecimento e valor perante a empresa, para quase ⅓ dos entrevistados, está intimamente relacionado à possibilidade de equilibrar trabalho e vida pessoal, além de ter o momento de descanso respeitado.
Vem com a gente conferir por que, nem sempre, uma boa remuneração garante a satisfação dos colaboradores.
Bora lá?
Por que a prioridade profissional mudou?
Desde o início do século, uma combinação de fatores sociais, econômicos, históricos e tecnológicos foram responsáveis pela mudança na preferência dos profissionais em relação a priorizar somente carreira, como:
- A rápida evolução tecnológica e a quebra de barreiras físicas para realização das atividades profissionais;
- A pandemia de COVID-19, que alterou a vida em todo o globo e que, até hoje, tem efeitos na sociedade;
- Maior oferta de empregos e facilidade de recolocação profissional;
- Preocupações relacionadas ao clima e ao meio ambiente;
- Expectativas geracionais.
Algumas tendências já estavam em curso quando a pandemia atingiu o mundo, então podemos dizer que ela apenas acelerou alguns processos de mudança, levando as pessoas a reavaliarem suas prioridades de vida e carreira.
O equilíbrio entre vida pessoal e profissional, por exemplo, tornou-se tão importante quanto a remuneração, com 93% dos profissionais considerando ambos igualmente relevantes, segundo o relatório da Randstad citado anteriormente.
Quais foram os impactos mais significativos?
A rápida evolução tecnológica e a possibilidade de utilizar ferramentas de automação de tarefas criaram uma necessidade constante de atualização de habilidades, fazendo com que 80% dos brasileiros valorizem programas e cursos de capacitação da educação corporativa.
Outro estudo, realizado pela Cia de Talentos, indicou que o investimento no desenvolvimento dos colaboradores e planos de carreira bem estruturados são os principais aspectos capazes de maximizar a retenção na empresa.
O impacto geracional no ambiente profissional
As novas gerações, que cada vez mais passam a integrar o mercado de trabalho, são outro fator de mudança nas prioridades que os trabalhadores buscam no trabalho, como:
- Senso de propósito;
- Flexibilidade;
- Oportunidade de desenvolvimento contínuo;
- Garantia de desconexão após o horário comercial.
Para as novas gerações, o trabalho não representa o aspecto mais importante da vida, como era para seus antecessores, especialmente os Baby Boomers.
Apesar de considerarem a estabilidade financeira indispensável, para os mais jovens, ela não justifica a perda da qualidade de vida, a falta de tempo para atividades pessoais ou o sacrifício do bem-estar.
Gerações mais recentes, principalmente Zoomers e Millennials, priorizam um equilíbrio maior entre vida profissional e pessoal.
Os fatores que evidenciam essa mudança de perspectiva, conforme o relatório Workmonitor 2024, são:
- Equilíbrio como prioridade máxima: 93% dos profissionais consideram o equilíbrio entre vida pessoal e profissional tão importante quanto a remuneração. Isso demonstra uma mudança clara em relação às gerações anteriores.
- Vida pessoal em primeiro lugar: 60% dos entrevistados consideram a vida pessoal mais importante do que a vida profissional.
- Flexibilidade como pré-requisito: 41% não aceitariam um emprego sem horários flexíveis, e 37% não aceitariam um emprego sem flexibilidade de local de trabalho.
- Desenvolvimento contínuo: 72% consideram treinamento e desenvolvimento importantes para seus trabalhos atuais e futuros.
- Bem-estar como fator decisivo: 83% classificam o apoio à saúde mental e o período de férias anuais fatores importantes na escolha profissional.
- Disposição para mudanças: 48% afirmam que deixariam um trabalho que os impedisse de aproveitar a vida.
- Busca por estabilidade: 59% gostariam de ter uma função de tempo integral em uma empresa nos próximos 5 anos, indicando uma preferência por estabilidade, mas não às custas da qualidade de vida.
Como atender aspectos importantes para os colaboradores?
Hoje, as empresas que desejam atrair e manter talentos, precisam adaptar suas políticas e cultura organizacional para atender a essas novas exigências. Começando pelos aspectos considerados prioridades pelos trabalhadores, como:
- Flexibilidade: oferecer opções de atuação remota ou híbrida, além de horários flexíveis que auxiliem o colaborador a conciliar as responsabilidades pessoais ou familiares com o trabalho.
- Desenvolvimento profissional: investir em programas de capacitação contínua e planos de carreira bem estruturados, além de fortalecer a cultura de feedbacks contínuos e a abertura para sugestões de melhoria.
- Equilíbrio trabalho-vida: respeitar o tempo de descanso, sem ligar, enviar mensagens ou e-mails fora do horário de trabalho e promover práticas que favoreçam o bem-estar dos colaboradores, seja a partir de benefícios corporativos ou ações internas.
- Propósito e valores: alinhar os objetivos da empresa às causas sociais e ambientais que ressoam com as novas gerações.
- Saúde mental: implementar programas de apoio e criar um ambiente que priorize o bem-estar psicológico.
Organizações que conseguirem atender essas demandas, a partir de uma cultura saudável e estruturada e de práticas de gestão mais assertivas e humanizadas, estarão melhor posicionadas e com profissionais mais engajados e focados nos resultados.
Para o profissional contemporâneo, a valorização profissional vai muito além do salário, e engloba uma visão do indivíduo e suas necessidades, não apenas do trabalhador que precisa atingir metas, reconhecendo suas necessidades pessoais, aspirações de carreira e busca por significado no trabalho.
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