A gestão “People first” (“pessoas em primeiro”, em tradução livre), é uma abordagem organizacional que trata da valorização das pessoas em primeiro lugar, e tem ganhado força nas empresas no mundo todo.
Um dos grandes exemplos aqui no Brasil, é a Natura. O lema “bem estar bem”, tão presente na comunicação da marca, permeia também as relações com os colaboradores, demonstrando que o cuidado com as pessoas extrapola seu posicionamento de marketing.
Já a Netflix tem como filosofia base de sua cultura organizacional, a diretriz “people over process”, ou seja, pessoas acima de processos, em tradução livre.
Independente do tamanho do negócio, a gestão People First pode gerar impacto positivo para a sua empresa e para toda a sociedade.
O blog da Alelo explica como.
Vamos nessa?
Também conhecido como H2H (Human to Human, “de humano para humano” em tradução livre), o modelo de administração People First se enquadra em uma filosofia que busca dar maior ênfase ao cuidado com as pessoas que, dentre outros benefícios, propicia a criação de um ambiente de segurança psicológica.
Contudo, uma Pesquisa Global da McKinsey realizada durante a pandemia de Covid-19, confirmou que, de modo geral, apenas um número reduzido de líderes empresariais apresentava os comportamentos positivos capazes de criar esse clima, jogando luz sobre a necessidade da capacitação para a priorização do bem-estar dos indivíduos.
Por esse motivo, o setor de RH vem se conectando cada vez mais com as pautas sociais em busca de uma gestão mais humanizada.
Soraya Bahde, diretora de Gente & Transformação da Alelo, Veloe e Pede Pronto, explica que a gestão People First tira o foco do resultado a qualquer custo e coloca o interesse das pessoas no centro da tomada de decisão. Entende-se, assim, que só é possível chegar ao resultado esperado através dos indivíduos.
“Dentro deste modelo de gestão, valores como empatia, respeito e uma liderança próxima e inspiradora são pilares de sustentação que trazem consistência entre a ‘cultura de parede’ e o que realmente acontece no dia a dia da organização”, argumenta Soraya.
Ela afirma ver com bons olhos o fato de as organizações refletirem e construírem seus propósitos pensando no impacto e legado para a sociedade.
“[Aprovo] Quando isso é feito com as pessoas, consolidando uma cultura organizacional com valores e pilares genuínos, que são colocados em prática organicamente, no dia a dia, por meio das relações. Viver a cultura organizacional é trazer este propósito para os processos, entregas e, especialmente, para um modelo de gestão engajador”, diz.
Para Soraya Bahde, as empresas ainda passam por um momento de transição nesse sentido, saindo da cultura da entrega a qualquer custo para a People First.
“E, como toda transição, é necessária uma visão clara do board da companhia, em primeiro lugar. De qual cultura se quer imprimir, que reflita o perfil e comportamento de pessoas e que, dentro de um ambiente positivo, impulsione a empresa a chegar aonde ela quer e precisa, estrategicamente”, explica a diretora da Alelo.
Existem, atualmente, diferentes níveis de maturidade das organizações quando se analisa a gestão humanizada. É fundamental reforçar que a pauta ESG – sigla em inglês que significa Meio Ambiente (Environment), Social (Social) e Governança (Governance) –, tão em voga ultimamente, não se sustenta sem cultura e sem liderança humanizada.
“À medida que as organizações avançam nas questões People First, também avançam no pilar social”, aponta.
Esse empenho por uma gestão mais humanizada entrega resultados positivos para a sociedade e está alinhada com outros conceitos de gerenciamento responsável e de cultura organizacional.
Outras filosofias que visam além de resultados financeiros são as seguintes:
ESG
O viés do ESG é mostrar ao mercado que o melhor é trabalhar para gerar benefícios ao mundo, não apenas ter como intenção o sucesso dos próprios negócios.
E apostar nessa ideia tem se revelado uma estratégia certeira. Segundo o estudo “Panorama ESG Brasil 2023”, os principais motivos que levam as empresas a incorporarem essas práticas são:
Abordagem de negócios surgida a partir do início da década passada, o capitalismo consciente propõe o equilíbrio dos lucros com a responsabilidade social e ambiental.
Como o próprio nome diz, a partir desse princípio, a economia tem o mesmo peso que questões coletivas e relacionadas ao social e ambiental.
São quatro princípios básicos que guiam as empresas dentro do capitalismo consciente:
Uma estratégia de gerenciamento transparente, a governança corporativa aproxima as empresas de seu papel na sociedade, com o respeito às práticas positivas do ESG e da adesão ao capitalismo consciente.
De acordo com o Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa, do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), o termo abrange um sistema de cinco princípios básicos pelos quais uma empresa é administrada, sendo estes:
Soraya coloca como o grande desafio da gestão People First o papel dos líderes nas tomadas de decisão em momentos de crise – econômica ou de operação, que colocam em cheque se a prioridade está:
A questão está em como dar ferramentas e caminhos de desenvolvimento, para assim formar lideranças em seus diversos estágios de maturidade.
“É desafiador manter esta cultura viva ao fazer seu desdobramento para os times, que são os reais responsáveis pela execução das estratégias e pelos processos que conduzirão à máxima satisfação dos clientes.”
Para evoluir em uma cultura People First, Soraya sinaliza ser fundamental investir em lideranças empáticas, que estabeleçam uma conexão mais próxima com seus profissionais, com um clima organizacional positivo, um ambiente de confiança e segurança psicológica.
De acordo com a diretora da Alelo, para que esse modelo prossiga é preciso:
“Práticas de reconhecimentos meritocráticos, com critérios transparentes e bem comunicados, também podem fazer toda a diferença”, observa.
Uma empresa feita por pessoas de culturas, raças e gêneros diversos, propicia visões diferentes dentro do processo de tomada de decisões em uma estrutura empresarial.
Com uma gestão people first, que viabiliza um bom clima organizacional e um ambiente de segurança psicológica, a promoção da diversidade, além de favorecer a inovação e enriquecer todo o processo de criação de produtos e serviços, gera inclusão de grupos minorizados e este impacto social positivo valoriza a marca da empresa.
Afinal, ao gerar valor humanizado, a empresa demonstra dar importância a questões relacionadas à sociedade e portanto, merece maior atenção, tanto dos potenciais clientes e investidores, quanto dos profissionais sendo recrutados.
Em contrapartida, empresas que colocam o bem-estar do colaborador em segundo plano podem não conseguir recrutar profissionais talentosos ou mantê-los, apresentando um alto turnover.
Outras vantagens são:
O direcionamento da People First acontece em vários aspectos na Alelo, Veloe e Pede Pronto, impulsionados pela alta liderança da companhia.
A prática de ouvir as pessoas se reflete em muitas ações internamente, desde grupos em que são testadas novas práticas idealizadas para entender se as propostas fazem sentido para as pessoas, até ao fomentar e acompanhar reuniões “one-on-one” entre líderes e liderados, fortalecendo as relações de confiança.
“Nossas pesquisas de engajamento são recorrentes, atingindo altos níveis de favorabilidade, seja em GPTW ou em pesquisas internas, como a de ‘Times Incríveis’, que aplicamos para mensurar fatores que influenciam a performance dos times”, explica Soraya.
Mas não basta ouvir, é preciso agir. É recorrente o acompanhamento de planos de ação para analisar a evolução desses times.
“Nossas decisões são pensadas e tomadas sempre levando em conta o impacto causado nas pessoas e, para isso, buscamos um planejamento que possibilite nos anteciparmos”, afirma.
Soraya menciona, ainda, o Ciclo de Desenvolvimento, um método que proporciona uma visão 360º do comportamento do profissional, em relação aos pilares de cultura da organização.
“Com isso são gerados insumos ricos para uma conversa franca entre líder e liderado, que chamamos de check-in de carreira. Assim, alinhamos expectativas para a construção de um caminho de desenvolvimento”, afirma a diretora da Alelo.
Ela cita, ainda, outras práticas de reconhecimento interno bem consolidadas, como o Dia do Baldinho em são comunicados méritos e promoções, e o Mandou Bem, Atitude Alelo e Valeu Parceiro, vouchers de reconhecimento que valem prêmios.
Abordar essa estratégia é um modo de se relacionar mais estreitamente com o cliente, entender seus desejos e sanar suas dores.
Também dentro desse contexto, pode ser utilizado o marketing de relacionamento, que tem como principal enfoque apresentar uma abordagem personalizada e que, a longo prazo, consiga manter proximidade com o público-alvo.
“Nossa estratégia de CX (experiência do cliente) é um canal direto com a estratégia People First, em que trazemos o cliente, a pessoa mais importante para gente, para o centro da decisão. Trata-se de uma série de ações, rituais e direcionamentos claros para evoluirmos nesta pauta”, acrescenta Soraya.
Na Alelo, Veloe e Pede Pronto, são aplicadas pesquisas de engajamento externas, com participação em rankings como GPTW e Lugares Incríveis para Trabalhar.
Internamente, são realizadas pesquisas periódicas de acompanhamento de evolução, em que são avaliados pontos das liderança e dos Times.
“Temos ainda o Censo de D&I (Diversidade & Inclusão), acontecendo a cada dois anos, para ouvirmos sobre representatividade dos grupos minorizados e a pesquisa Humanizadas, que é uma referência em avaliação de stakeholders. Desse modo, ajuda-se organizações, consultorias e fundos de investimento a construírem um futuro mais humano, ético, consciente, sustentável e inovador”, enfatiza Soraya.
Na atração de talentos de mercado para posições de liderança, segundo a diretora da Alelo, Veloe e Pede Pronto, são avaliadas questões sobre quanto o candidato se coloca como alguém que “estabelece em seu dia a dia rituais que gerem apoio, clareza, direcionamento e apoiem as pessoas a entenderem seu propósito”.
Já para não líderes, durante o processo são provocadas reflexões sobre o quanto a posição tem sinergia com o propósito e fortalezas do candidato, e se há identificação com os valores e cultura da organização.
“Inclusive é utilizada uma ferramenta que nos mostra essa aderência e nos dá clareza sobre preferências e o quanto o profissional é orientado aos valores da companhia”, explica Soraya.
Na maior parte dos processos, os profissionais são avaliados por pares (equipe), como uma forma de reforçar o quanto é importante que a sinergia e a colaboração ocorram no dia a dia.
Existem algumas atitudes de humanização, esperadas da equipe de gestão de pessoas, para materializar esta ambição de “pessoas em primeiro lugar”.
Veja abaixo algumas dessas ações que precisam estar presentes no dia a dia:
A garantia de benefícios aos colaboradores é mais uma maneira de demonstrar que o bem-estar da equipe está em primeiro lugar!
Com a Alelo, os benefícios e incentivos são enormes para todos os tipos de empresa, seja para alimentação, refeição, auxílios home office, ajuda de custos de mobilidade, cultura, saúde, concessão de subsídio, antecipação salarial e muito mais.
Saiba mais sobre os benefícios da Alelo aqui.
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