A expansão de negócios traz uma série de desafios, como por exemplo, o aumento dos gastos para cumprir as rotinas de trabalho. Por essa razão, quando mal planejado, o crescimento pode até agregar mais prejuízos que vantagens ao empreendimento.
Para superar esse obstáculo, o gestor deve conhecer a realidade financeira da firma, depois alinhar a estratégia de crescimento a um bom planejamento financeiro. Os dois devem andar de “mãos dadas”, sempre. Caso contrário, a rota provável é o insucesso.
Nós reunimos diversas informações sobre o tema e explicamos como o planejamento financeiro favorece a expansão de negócios. Portanto, continue a leitura do artigo!
Se sabe que 6 em cada 10 empresas fecham antes de completar 5 anos de atividade, segundo o IBGE. Esse número elevado não revela só o ambiente hostil para manter um negócio, mas também falta de preparo de vários líderes empresariais.
Na verdade, muitos gestores não conhecem os números dos seus próprios negócios, também não contam com um planejamento financeiro para o médio ou longo prazo. Isso afeta negativamente o potencial de sobrevivência e crescimento no mercado.
Por outro lado, o bom planejamento gera diversos benefícios, por exemplo:
É necessário criar um bom plano financeiro, com objetivo claro e desafiador, bem como um passo a passo que leve ao resultado de expansão desejado.
Em especial, a criação do plano é responsabilidade da alta administração. É preciso fazer um diagnóstico da situação atual, estabelecer aonde se quer chegar e como as finanças podem servir de “ponte” para isso. Assim, os resultados serão melhores.
Em resumo, expandir é aproveitar novas “rotas” para satisfazer demandas e gerar lucro. Por causa disso, o processo de expansão inclui a entrada em novos mercados, o lançamento de novos produtos (bens ou serviços) e a inauguração de novas unidades de negócios. Tudo isso, claro, só deve acontecer com um financeiro bem preparado.
Muitos empresas criam um aparente sucesso, com uma boa carteira de clientes e um estoque cheio, mas na prática não é bem assim. Por vezes, suas contas a pagar superam os ativos de curto prazo, o que reduz a capacidade de horar com as dívidas.
Antes de iniciar qualquer plano de expansão, é preciso diagnosticar a saúde financeira do negócio. Avalie se as atuais atividades estão gerando ROI e sendo bem gerenciadas. Em caso de negativa, é preciso “consertar a casa” para depois pensar em crescer mais.
O processo de expansão pode custar caro. Imagine lançar uma nova linha de produtos, do planejamento até a distribuição pode demorar anos e milhões em investimento. Então, elimine os custos menos estratégicos e incapazes de gerar retorno à empresa.
O intuito é criar um negócio “enxuto”, focado no que realmente importa e com custos estratégicos que gerem algum tipo de retorno sobre o investimento. Assim a expansão do negócio pode ocorrer com acerto e sem deixar graves prejuízos.
Ao expandir entrará em contato com novos mercados, que conhecem pouco seu produto e nutrem algum grau de desconfiança. Para superar essa barreira e estimular o consumo, é importante apostar na estratégia de liderança de baixo custo.
Em resumo, ela significa reduzir os custos e repassar o desconto obtido aos clientes, permitindo que tenham acesso aos produtos com preço abaixo da média. Isso poderá ser feito nos primeiros meses, no intuito de criar novas relações.
Muitos associam o plano de negócios ao início da empresa, quanto tudo ainda está no papel e será posto em prática. Não necessariamente. O plano de negócios também serve para avaliar a viabilidade financeira do lançamento de novos, abertura de filiais ou entrada em novos mercados, isto é, avaliar até que ponto vale a pena expandir.
No plano de crescimento, faça o cálculo do retorno sobre investimento. Relacione os custos de expansão e os ganhos obtidos no curto, médio e longo prazo, assim saberá se é um negócio realmente rentável. Se não for, o melhor é adiar ou mudar a ideia.
Há muitos de indicadores que podem ser monitorados para avaliar a evolução do negócio e o desempenho financeiro alcançado. Veja alguns dos principais:
Esses e outros indicadores devem ser monitorados antes, durante e após a expansão, avaliando o impacto da nova estratégia nas finanças do negócio. Caso algum indicador esteja abaixo do esperado, é preciso solucionar o problema o mais breve possível.
Alguns desses indicadores devem ser monitorados mensalmente, como o crescimento, e outros podem ser monitorados só semestralmente, como a liquidez. Isso não deve ser impedimento, os indicadores devem ser atualizados sempre que possível e preciso.
Diversas empresas brasileiras conseguiram criar e executar estratégias de expansão bem-sucedidas. Hoje, podem ser consideradas referência no mercado mundial.
A distribuidora Ambev é um bom exemplo. Marcada por fusões e aquisições, sua tática de expansão garantiu o lugar de maior distribuidora de bebidas do mundo. Para tanto, precisou elaborar um ótimo plano financeiro e gerenciar o fluxo de caixa.
Outro exemplo vem do Grupo Boticário. A companhia se manteve no segmento de cosméticos, porém, lançou uma série de marcas novas para atingir públicos de classes e idades diferentes. Hoje, é uma das maiores redes de beleza do mundo.
Em fim, você pode observar que a expansão de negócios deve ser um processo bem pensado e planejado. É importante fazer um diagnóstico interno, reduzir custos não estratégicos, administrar preços, contar o plano de negócios e monitorar indicadores de desempenho. Assim, poderá crescer com mais acerto, qualidade e agilidade.
Gostou do assunto? Leia também nosso outro post sobre expansão e análise de concorrência. Agora que está por dentro do tema, aproveite para aprender mais com nossos materiais de gestão, liderança e negócios. Estão todos ali, no menu “Gestão”.
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