Não é novidade para ninguém que, embora o Brasil tenha uma economia importante e esteja entre os países mais fortes do mundo no ponto de vista financeiro, estamos sujeitos a crises e períodos de oscilação. Sendo assim, conhecer os principais efeitos da inflação nas empresas pode ser muito importante.

Infelizmente, diversas lideranças organizacionais não estão preparados para enfrentar adequadamente esse tipo de situação, o que pode acabar afetando negativamente o desempenho coletivo e individual. Confira o conteúdo a seguir e aprenda um pouco mais sobre esse tema.

Um pouco mais sobre a inflação

Antes de mais nada, é importante compreender melhor o conceito de inflação e como ele é calculado. A definição clássica diz que se trata do “o aumento contínuo e generalizado dos preços da economia”. No entanto, em uma definição mais prática, podemos entender a inflação como a redução do poder aquisitivo da moeda.

Isso acontece no mundo todo e em qualquer momento da história, às vezes com maior intensidade, dependendo de fatores e características econômicas que vão impactar nos valores cobrados e efetivamente pago pelos produtos e serviços vigentes.

Esse índice é medido por meio de indicadores de tendências, que variam de acordo com o país. No Brasil, os principais são o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), o IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna) e INPC (o Índice Nacional de Preços ao Consumidor), embora existam outros índices.

A partir da coleta de algumas variáveis, calcula-se uma variação de preços de um mês para o outro, levando em conta que tudo pode ficar mais caro ou mais barato. Além disso, cada item ganha um peso específico devido à sua importância. O que é de necessidade mais básica, como a alimentação, tem um peso maior do que supérfluos.

Como a inflação impacta nas finanças de uma empresa?

Mas como esse índice afeta o caixa da empresa? Principalmente para quem quer empreender é preciso estar pronto para enfrentar as mudanças do mercado, planejando e buscando soluções adequadas ao negócio e mercado escolhido.

Uma inflação elevada, naturalmente, eleva os custos de fabricação de um produto, visto que o empresário também precisará pagar mais para os fornecedores, para os prestadores de serviço e assim por diante. No entanto, é comum que não se repasse integralmente todos os aumentos de custos para os consumidores.

Isso precisa ser feito de maneira racional e ponderada, senão haverá o risco de fazer com que o cliente acabe buscando concorrentes que não subiram os preços no ritmo da inflação. Um exemplo clássico ocorre com as carnes: quando a bovina fica muito mais cara, as pessoas optam por frango ou suína.

Outro aspecto que acaba interferindo no desempenho empresarial são as consequências de políticas de combate à inflação, quando o governo adota medidas econômicas para freá-la. É ai que o gestor financeiro tem papel fundamental, de maneira que ele adote ações que garantam a saúde de recursos em meio à política monetária vigente.

Em um quadro de inflação elevada, por exemplo, a renda disponível das famílias tende a ficar comprometida, reduzindo assim alguns gastos, tanto no comércio quanto nos serviços. É fundamental, portanto, estar preparado para lidar com esse quadro, planejar estratégias para manter o volume de receitas.

Como a inflação alta interfere no bem-estar dos colaboradores?

Não é só nas empresas que a inflação elevada afeta a saúde financeira. Além dos gestores, o setor de RH precisa estar atento a esse quadro, pois a vida dos funcionários também pode ser impactada deforma negativa, visto que todos precisam de recursos financeiros para atender aos seus anseios e necessidades.

É fundamental que os colaborares possam se organizar para pagar as suas contas em dia, poupar parte de seus salários e até mesmo definir novos objetivos de investimento, de acordo com seus os objetivos. Um trabalhador afundado em dívidas, logicamente, não terá uma boa performance, mesmo que possua talentos extraordinários.

O que pode ser feito para motivar colaboradores em um período de inflação alta?

Estipule um plano de benefícios

Diante de todo esse cenário, é importante que uma empresa adote medidas não apenas para proteger os seus recursos e ficar em dia com as suas contas, mas também para motivar e reengajar os seus colaboradores. Um jeito de fazer isso é oferecer planos de benefícios.

Essa opção combina as demandas e os anseios dos profissionais de hoje que, mais do que salários elevados ou renome no mercado, estão em busca de empregos e cargos que elevem a sua qualidade de vida.

O melhor disso tudo que é os gestores que escolherem uma marca idônea e renomada poderão escolher um pacote de acordo com os seus recursos atuais e que atenda ao que os seus funcionários mais precisam, sem que isso impacte significativamente o orçamento do seu negócio.

Ofereça cursos e palestras

Outra ação para combater os efeitos da inflação nas empresas é oferecer cursos e palestras que ajudem a fazer com que os colaboradores possam lidar melhor com as suas finanças, especialmente em cenários potencialmente negativos. Dessa maneira, os funcionários poderão fazer previsões mais acertadas em termos econômicos.

Água, luz e aluguel pesam no orçamento de qualquer um e quem não estiver preparado poderá enfrentar problemas no final do mês. Encare isso como um investimento e não uma despesa, pois a performance tende a ser muito maior se os seus profissionais não precisarem correr ao banco em busca de empréstimos para pagar suas dívidas.

Como você pode ver, os efeitos da inflação nas empresas são bastante variáveis, mas podem ser manejados de forma inteligente quando os gestores e administradores estão preparados para enfrentar quadros adversos.

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